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Ministério vai
fiscalizar curso
"lato sensu"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cursos de pós-graduação "lato
sensu", oferecidos normalmente
por instituições particulares de
ensino superior, passarão a ser
fiscalizados por uma comissão especial com o objetivo de regularizar deficiências. Em caso de irregularidades, se não forem sanadas
no prazo determinado, os cursos
poderão ser fechados.
A medida está prevista em portaria publicada ontem no "Diário
Oficial" da União pelo ministro
Tarso Genro (Educação).
A decisão foi tomada devido a
denúncias recebidas nas últimas
semanas pelo Ministério da Educação relatando descumprimento
das normas previstas para o setor.
De acordo com a legislação, as
instituições de ensino superior
não precisam de autorização do
MEC para abrir cursos desse tipo.
Porém eles estão sujeitos à supervisão e análise da qualidade.
"Vamos dar um basta à desregulamentação que permitiu a
proliferação de cursos de pós-graduação sem qualidade em todo o
país. Quem não adequar os cursos
a normas e exigências do MEC terá sua desativação determinada",
disse Tarso ontem, por meio de
sua assessoria.
A Comissão Especial de Acompanhamento e Verificação é composta por cinco integrantes. Terá
poderes para requisitar às instituições dados sobre os cursos. Caso não sejam satisfatórios, o grupo poderá pedir uma avaliação no
local para verificar as condições
de oferta do curso.
Além disso, a portaria prevê a
criação de um cadastro nacional
atualizado sobre pós-graduação
"lato sensu". Será colocado pelo
Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) na
internet em 30 dias.
As instituições de ensino têm 90
dias, a partir de ontem, para apresentar um relatório comprovando que seus cursos cumprem as
determinações previstas para a
área. Já os novos cursos abertos a
partir de agora deverão, 60 dias
após a criação, serem incluídos no
cadastro nacional.
Técnicos do ministério farão
ainda estudos sobre a resolução
1/2001 do CNE (Conselho Nacional de Educação), que regula o setor, para propor mudanças.
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