São Paulo, sábado, 08 de maio de 2004

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SEQÜESTRO

Vítima era mantida em casa que teria servido de cativeiro em outros quatro casos; 5 suspeitos foram presos

Grupo exige DVD e celular como resgate

DO "AGORA"

Cinco integrantes de uma quadrilha especializada em seqüestros foram presos na noite de anteontem por policiais da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Santo André (no ABC paulista). Segundo a polícia, as vítimas eram mantidas numa casa que servia como cativeiro coletivo, na rua Boa Família, em Sapopemba (zona leste de SP).
A polícia chegou até os seqüestradores após acompanhar a negociação entre os criminosos e a família do auxiliar administrativo João Pereira da Silva, a última vítima do bando.
Silva foi rendido por desconhecidos na noite da última quarta-feira, quando saía de sua casa, em Santo André. Durante toda a quinta, os seqüestradores mantiveram contato com a família dele para negociar o valor do resgate.
O bando exigiu R$ 1.500, além de dois telefones celulares e um aparelho de DVD. O dinheiro e os equipamentos foram entregues na noite de quinta-feira, em um sítio de São Paulo. Silva foi libertado em seqüência.

Prisão
Entretanto policiais da Dise acompanharam toda a negociação e, com a ajuda de informações do auxiliar, conseguiram localizar o cativeiro. Pouco tempo depois, a polícia chegou à casa, onde prendeu dois irmãos.
Em seguida, foram detidas outras três pessoas acusadas de pertencer à quadrilha. A reportagem não pôde falar com os suspeitos, presos na Dise em Santo André.
O proprietário da casa está foragido. No imóvel foram encontrados alguns colchões, documentos e cartões bancários em nome de diversas pessoas, o que indicaria, segundo a polícia, que se tratava de um cativeiro coletivo -várias vítimas seriam mantidas reféns ao mesmo tempo.
De acordo com o delegado seccional de Santo André, Luiz Alberto de Souza Ferreira, além de Silva, outras quatro supostas vítimas da quadrilha teriam reconhecido os acusados.
"Acreditamos, porém, que existam mais vítimas, pois o bando estava agindo há meses", completou o delegado.


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