São Paulo, sexta, 8 de maio de 1998

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Detenção tem 4% de tuberculosos

da Reportagem Local

A Casa de Detenção tem cerca de 200 casos diagnosticados de tuberculose em um universo de 6.600 presos. A informação é do diretor clínico do Sistema Penitenciário, o médico Paulo César Sampaio, 45.
Ele estima que, pelo menos, uma centena de presos já tenha a doença sem que ela tenha sido diagnosticada. "Nosso problema é impedir que o preso pare o tratamento de seis meses da doença", afirma.
Segundo o diretor, os tuberculosos são isolados dos demais detentos nos primeiros 15 dias de tratamento. "É o período em que ainda expelem o bacilo da doença."
De acordo com Sampaio, a secretaria irá dar prioridade ao recebimento de presos doentes das delegacias. "Não podemos tratar todos os presos doentes do Estado. Assim como nós levamos parte de nosso casos, as delegacias devem levar seus presos para os hospitais do Sistema Único de Saúde onde estão localizadas."
Sampaio conta 65 leitos do Hospital Central do Departamento de Saúde, reservado ao tratamento dos casos de Aids e com oito médicos. Há ainda em São Paulo a enfermaria da Penitenciária do Estado, com 145 leitos e 12 médicos.
O Hospital Central atende aos 33 mil presos do Sistema Penitenciário de São Paulo. "Podemos tratar alguns dos casos de presos com Aids de delegacias", afirma.

Convênio
O Departamento de Saúde das penitenciárias e o Hospital das Clínicas deverão assinar um convênio no qual o hospital dará suporte técnico e administrativo ao departamento. (MG)


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