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Professores da rede estadual de SP
decidem hoje se entram em greve
MARTA AVANCINI
da Reportagem Local
Os professores da rede estadual
de São Paulo podem entrar em
greve a partir de hoje. A greve será
discutida e votada em uma assembléia que será realizada na praça
da República, em São Paulo, a
partir das 14h.
Os professores reivindicam a revogação do decreto 42.965, de 27
de março, referente à situação dos
professores ACTs (admitidos em
caráter temporário).
No entendimento dos professores, o decreto representa uma
ameaça para os ACTs porque prevê a demissão de professores nesta
condição ao final do ano letivo.
Uma resolução da Secretaria da
Educação publicada no "Diário
Oficial" do Estado esta semana
afirma que o decreto se refere apenas aos ACTs que são contratados
para substituir gestantes, professores afastados para tratamento
de saúde ou licença-prêmio.
A mesma explicação foi dada em
um comunicado publicado ontem
em jornais de São Paulo. Ainda de
acordo com a secretaria, os ACTs
nessas condições são minoria.
Existem cerca de 120 mil ACTs
trabalhando em escolas da rede
estadual paulista.
Eles representam 70% dos professores que trabalham na rede, de
acordo com uma estimativa da
Apeoesp, sindicato que representa
os docentes.
Apesar das explicações da secretaria, a Apeoesp decidiu manter a
assembléia marcada para hoje.
"Uma resolução não pode se sobrepor a um decreto do governador. Por isso, pensamos que os
ACTs continuam ameaçado. Se
não houvesse intenção de demitir,
não haveria problema em revogar
o decreto", diz Roberto Felício,
presidente da Apeoesp.
Segundo ele, o departamento jurídico do sindicato analisou a resolução e concluiu que ela não
modifica o que está previsto no
decreto.
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