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Noite paulistana entra na rota dos clubes noturnos globalizados
Importação de casas noturnas é realidade no Brasil, diz um dos sócios da Pacha, cuja matriz é na Espanha e que tem franquias em Nova York e Buenos Aires
GUSTAVO FIORATTI
DA REVISTA DA FOLHA
O Brasil entrou na rota dos
clubes que espalham pelo planeta um jeito globalizado de diversão. A noite paulistana continua pródiga em endereços
que encontram similares em
Nova York, Paris, Tóquio e outros destinos.
"O Brasil é, há muito tempo,
um grande comprador de DJs.
Mais cedo ou mais tarde, essa
importação de marcas de casas
noturnas ia acontecer", diz um
dos sócios da Pacha São Paulo,
Paulo Zegaib.
Um dos clubes mais conhecidos do mundo, a Pacha, que
nasceu em Ibiza, na Espanha,
abre suas portas hoje em 21 cidades. "O grupo Sirena ia inaugurar um clube grande em São
Paulo para 2.500 pessoas. Resolvemos comprar a marca da
Pacha quando notamos que ela
estava se espalhando pelo
mundo", conta Paulo.
E a concorrência global também se acirra em terras paulistanas. O Buddha Bar, misto de
restaurante e lounge, desembarcou por aqui em dezembro
do ano passado, embalado pelo
sucesso parisiense. Na mesma
época, direto de Miami, chegou
o clube Mynt.
Para trazer a Pacha para São
Paulo, o grupo Sirena teve de
submeter seu projeto aos critérios da matriz espanhola. Segundo o grupo Sirena, a franquia custa, por ano, 50 mil.
O caso da Mynt, com lotação
para 600 pessoas, faz valer a
mesma tendência em proporções reduzidas. A sede em Miami não tem a vocação para exportação, mas um brasileiro tomou a iniciativa de reproduzir
o nome e o conceito da casa em
São Paulo."Essa importação de
casas noturnas acontece porque muita gente que freqüenta
a Mynt de São Paulo conhece a
de Miami", diz Fabiano Gomes,
sócio da casa.
No caso da Pacha, a principal
diferença é no bolso. Em Nova
York, uma água custa R$ 9,78,
contra R$ 5, em Buenos Aires e
R$ 6, em São Paulo. Já o valor
do cosmopolitan é o mesmo,
seja no clube paulistano, seja
no nova-iorquino (R$ 22).
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