São Paulo, quarta, 8 de julho de 1998

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EDUCAÇÃO
Balanço da Andes indicava, às 19h30 de ontem, que 25 das 52 universidades federais retornarão às aulas no dia 13
Aulas devem voltar ao normal apenas na 2ª


da Reportagem Local

As aulas só deverão estar normalizadas na grande maioria de instituições federais de ensino superior apenas a partir de segunda, dia 13.
Esta é a previsão da direção da Andes, sindicato que representa os professores, com base nos resultados das assembléias que estão sendo realizadas esta semana. Nas assembléias está sendo discutida a suspensão da greve dos docentes, que começou em 31 de março.
A greve começou a se esvaziar na semana passada, depois que o Congresso aprovou um projeto de lei que garante gratificações aos docentes vinculadas a uma avaliação de desempenho dos professores na ativa e das instituições.
"Nosso balanço, até anteontem, indicava que 26 instituições haviam decidido voltar às aulas esta semana. A normalização geral só deve ocorrer na semana que vem", diz o presidente da Andes, Renato de Oliveira. São 52 instituições de ensino superior federais.
Balanço divulgado ontem às 19h30 pelo comando de greve da Andes indicava que 21 unidades acataram a proposta de retorno unificado às aulas e retomam as atividades na segunda, dia 13.
Do restante, cinco já estão trabalhando normalmente (federais de São Paulo, São Carlos, Rio Grande do Norte, Ouro Preto e Rio de Janeiro). Outras duas retomam as aulas hoje -Universidade Federal da Paraíba (campus João Pessoa) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Outras quatro suspenderam a greve, mas só retomam as aulas na segunda. As restantes fazem assembléias até sexta-feira.
Algumas instituições discutindo nas assembléias a possibilidade de suspensão do semestre -refutada pela Andes, Andifes (associação dos dirigentes), UNE (União Nacional dos Estudantes) e pelo MEC (Ministério da Educação).
"A suspensão do semestre seria inviável. As verbas de custeio teriam de ser devolvidas e os professores ficariam sem salário", diz Wadson Ribeiro, diretor de universidade pública da UNE. A UNE se preocupa, no entanto, com a qualidade da reposição.
Para garantir a qualidade de ensino na reposição, a Universidade Federal de São Carlos programou uma revisão. "Vamos cuidar para que ela seja feita durante um período, que ela não se restrinja a um dia", diz Nancy Vinagre Fonseca de Almeida, pró-reitora de Graduação da universidade.



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