São Paulo, sexta, 8 de agosto de 1997.



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Atendimento encarece custo, diz presidente

da Reportagem Local

O presidente da Febem, Eduardo Roberto Domingues da Silva, afirmou que o atendimento especializado 24 horas encarece o custo da instituição com os menores.
"A alimentação, os medicamentos e as equipes de médicos, psicólogos e de segurança são em número muito maior na Febem do que no sistema prisional. Por isso, a diferença de custos", disse Silva.
"Além disso, o atendimento 24 horas dos menores e a escala de revezamento dos funcionários (trabalham três dias e folgam dois) acabam encarecendo o serviço", justificou o presidente da Febem.
"Enquanto no sistema prisional quatro ou cinco agentes tomam conta de um pavilhão, na Febem seria necessário um monitor para cada grupo de dez infratores."
Segundo Silva, a Febem conta, em todo o Estado, com 1.588 monitores, que tomam conta de 10.070 menores -relação de um monitor para cada seis crianças.
Ele disse que "pesam" no orçamento da Febem os gastos com alimentação e segurança dos menores. "Para cada infrator, gastamos cerca de R$ 300, por mês, em alimentação e até R$ 120 com segurança", disse Eduardo Silva.
O presidente da Febem sugere que apenas os infratores que representem perigo para a sociedade sejam internados para que os custos das internações diminuam.
"O serviço de privação de liberdade, além de ser pouco eficiente, é caro. Precisamos aumentar o atendimento do sistema semi-aberto", disse Silva.
Segundo ele, não é apenas o sistema da Febem que é caro. "Temos de pensar em todo o sistema de atendimento ao menor (Polícia, Ministério Público, Justiça etc). Todo esse modelo é caro e pode duplicar o gasto com cada menor." (AL)


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