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Atendimento encarece custo, diz presidente
da Reportagem Local
O presidente da Febem, Eduardo
Roberto Domingues da Silva, afirmou que o atendimento especializado 24 horas encarece o custo da
instituição com os menores.
"A alimentação, os medicamentos e as equipes de médicos, psicólogos e de segurança são em número muito maior na Febem do que
no sistema prisional. Por isso, a diferença de custos", disse Silva.
"Além disso, o atendimento 24
horas dos menores e a escala de revezamento dos funcionários (trabalham três dias e folgam dois)
acabam encarecendo o serviço",
justificou o presidente da Febem.
"Enquanto no sistema prisional
quatro ou cinco agentes tomam
conta de um pavilhão, na Febem
seria necessário um monitor para
cada grupo de dez infratores."
Segundo Silva, a Febem conta,
em todo o Estado, com 1.588 monitores, que tomam conta de
10.070 menores -relação de um
monitor para cada seis crianças.
Ele disse que "pesam" no orçamento da Febem os gastos com alimentação e segurança dos menores. "Para cada infrator, gastamos
cerca de R$ 300, por mês, em alimentação e até R$ 120 com segurança", disse Eduardo Silva.
O presidente da Febem sugere
que apenas os infratores que representem perigo para a sociedade
sejam internados para que os custos das internações diminuam.
"O serviço de privação de liberdade, além de ser pouco eficiente,
é caro. Precisamos aumentar o
atendimento do sistema semi-aberto", disse Silva.
Segundo ele, não é apenas o sistema da Febem que é caro. "Temos de pensar em todo o sistema
de atendimento ao menor (Polícia,
Ministério Público, Justiça etc).
Todo esse modelo é caro e pode
duplicar o gasto com cada menor."
(AL)
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