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CLIMA
Em Cuiabá (MT), crianças não puderam participar do desfile de 7 de Setembro; Rio Grande do Sul sofre onda de calor
Baixa umidade afeta Sudeste e Centro-Oeste
JAIRO MARQUES
DA AGÊNCIA FOLHA
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins
tiveram ontem índice de umidade
relativa do ar abaixo de 17%, valor
considerado de risco para a saúde.
Nesses Estados, colocados em
alerta pela Secretaria Nacional de
Defesa Civil, especialistas desaconselham atividades físicas e recomendam a hidratação constante de idosos e crianças. Minas Gerais e Distrito Federal também estão em estado de alerta.
Em Cuiabá (MT), em razão do
clima seco, crianças foram proibidas de participar do desfile de 7 de
Setembro. Segundo dados do
Cptec/Inpe (Centro de Previsão
de Tempo e Estudos Climáticos
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a umidade relativa
chegou a 12% na cidade, às 15h.
"Estamos fazendo campanhas
de educação pública para que se
aumente a ingestão de água, o que
pode conter os casos de desidratação", disse Victor Rodrigues, superintendente de Atenção Integral à Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde de Mato Grosso.
Goiás não enfrentava um clima
tão seco desde 1987, quando, segundo a Defesa Civil, houve registro de umidade relativa do ar de
12% em alguns municípios.
"Tivemos 13% nos últimos dias.
É estado de alerta total mesmo.
Estamos recomendando que os
professores não proponham
exercícios físicos aos alunos, que
coloquem vasilhas com água nas
salas de aula e que não façam nenhuma atividade ao ar livre. Os
pais também devem umedecer os
quartos de crianças com toalhas
molhadas ou recipientes com
água", declarou o tenente-coronel
Sebastião Dirlei Alves, da coordenação da Defesa Civil Estadual.
Em Campo Grande (MS), às
15h, o índice era de 14%. No mesmo horário, a medição da umidade do ar feita no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), registrou índice de 17%. Segundo a
Secretaria Municipal da Saúde,
houve um aumento entre 30% e
40% na procura de atendimento
para inalações em hospitais nos
últimos dias.
Em Palmas (TO), o Corpo de
Bombeiros informou que a baixa
umidade do ar (ontem, às 15h, em
Porto Nacional, era de 15%) dobrou o número de chamados para
conter incêndios.
Devido à baixa umidade do ar e
à temperatura elevada, o Distrito
Federal estava ontem sob alto risco de queimadas. Às 15h, a umidade relativa do ar era de 22% e a
temperatura, de 31C.
Na semana passada, o Parque
Nacional de Brasília foi atingido
pelo fogo e, no sábado, a umidade
relativa do ar atingiu o índice de
10%, o menor deste ano.
Durante o desfile de 7 de Setembro em Brasília, na Esplanada dos
Ministérios, 45 pessoas foram
atendidas no posto de saúde instalado no local, principalmente
por desidratação.
Calor
O Rio Grande do Sul enfrenta
uma onda de calor nos últimos
dias. Ontem, em Porto Alegre
(RS), a temperatura chegou a
36,4C. A máxima do Estado, de
38,7C, foi registrada em Campo
Bom, segundo o 8º Distrito de
Meteorologia. De acordo com o
meteorologista Eugênio Hackbart, o calor "está com os dias
contados", pois uma massa de ar
gelado avança a partir do sul pela
Argentina. Na quinta, a frente fria
atinge praticamente todo o Estado, com chuvas, tempestades localizadas e o declínio muito acentuado da temperatura.
Colaboraram LÉO GERCHMANN e
MAURÍCIO SIMIONATO, da Agência Folha, e a Sucursal de Brasília
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