São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2006

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Saiba mais sobre a síndrome de Down

DA REVISTA DA FOLHA

No momento em que a mulher forma um óvulo, e o homem, um espermatozóide, no processo de meiose (divisão celular, na qual se formam os gametas), os pares de cromossomos dividem-se e cada um vai para um lado. Como se fosse a fila de homens e mulheres de uma quadrilha de festa junina. Os seres humanos têm 23 pares de cromossomos. Um defeito, chamado "não disjunção", faz com que no momento do par número 21 os dois cromossomos sigam para o mesmo lado. O Down tem um cromossomo a mais. O 21 é triplicado, o que gera excesso de material genético, responsável pelas alterações físicas e metabólicas.
Esse aumento de material genético desregula as atividades dos genes, por isso são mais parecidos entre eles do que entre os irmãos biológicos. "Somos resultado da interação dos genes paternos e maternos. Quando existe um desequilíbrio genético, a expressão dos genes fica alterada e assim você modifica as características herdadas", explica a geneticista Silvia Bragagnolo, da Unifesp.
Entre as características físicas dos indivíduos com Down (no Brasil, estima-se que são cerca de 300 mil pessoas), algumas são bem marcantes, como os olhos amendoados e levemente inclinados para baixo, além da cabeça levemente achatada. Já o atraso do desenvolvimento psicomotor é variável. Há pessoas que têm diferença de dez anos, enquanto outras têm de apenas um. O índice é influenciado por fatores como a gestação saudável, a estimulação motora e os cuidados afetivos.


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