São Paulo, domingo, 08 de novembro de 2009

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Banco vai reescalonar horário de funcionário

Cerca de 4.000 empregados que hoje trabalham em diversos locais de SP serão concentrados em prédio na marginal

Em departamentos onde hoje horário de entrada é às 9h, funcionários foram orientados a chegar de forma gradual, das 7h às 10h

DA REPORTAGEM LOCAL

O Santander decidiu implantar um escalonamento de horário de entrada e saída dos funcionários para atenuar as dificuldades de acesso à nova torre do banco, na marginal Pinheiros, para onde migrarão 4.000 pessoas que trabalham em prédios espalhados por São Paulo.
Em alguns departamentos onde hoje quase todo mundo "bate cartão" por volta das 9h, empregados foram orientados a se dividir em grupos e chegar de forma gradual, das 7h às 10h.
A medida não atingirá todos os setores. Mas, segundo a assessoria do Santander, será desenvolvida com outras ações -como sistema de carona e bicicletário- para facilitar os acessos ao novo prédio e colaborar com a diminuição das emissões de poluentes.
O estímulo ao escalonamento de horários no setor de comércio e serviço passou a ser discutido em São Paulo principalmente a partir da gestão Luiza Erundina (1989-1992).
Muita gente já adotou a prática de mudar seus horários de forma espontânea, para fugir dos picos. Mas a ideia, que é prevista nas diretrizes da política de mudanças climáticas da prefeitura, nunca foi implantada de maneira generalizada.
Tanto que, embora tenha havido uma diluição dos engarrafamentos de uma década para cá, a lentidão no começo da manhã e do final da tarde ainda é mais do dobro do resto do dia.
"O congestionamento ocorre pela quantidade excessiva de veículos usando a mesma infraestrutura ao mesmo tempo. O escalonamento é bom", diz Eduardo Alcântara Vasconcellos, engenheiro e sociólogo.
Para ele, a proposta de redistribuir os horários esbarra não só na resistência dos funcionários que precisam reorganizar seus hábitos, mas porque "dá trabalho" organizá-la. "Para a empresa, muitas vezes é mais fácil deixar como está e a pessoa que se vire para chegar."
O presidente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Ailton Brasiliense, também avalia que a proposta de escalonamento de horários "vale a pena", mas que tem de ser feita como parte de um plano mais amplo -incluindo uma mudança da ocupação urbana, para evitar que as pessoas morem longe do lugar de trabalho e tenham que viajar por grandes distâncias diariamente.


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