São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2000


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Novos medicamentos ainda são pouco procurados por farmácias

da Reportagem Local

As farmácias têm feito poucos pedidos de genéricos porque há medo e insegurança quanto à reação do consumidor, ainda muito desinformado em relação à nova classificação dos remédios.
A afirmação é de Ariovaldo Benvenuti, gerente de vendas da Cecimar, distribuidora exclusiva, no Rio de Janeiro (capital e baixada fluminense), do laboratório EMS, primeiro que obteve registro do Ministério da Saúde para comercializar três genéricos.
"O pessoal (das farmácias) está receoso. Os genéricos são medicamentos novos, e como as farmácias estão sem capital de giro, não querem estocar remédios", diz.
A Cecimar possui 900 pontos de venda, mas apenas 40 deles fizeram solicitação de compra dos genéricos da EMS. A distribuidora vai receber hoje 4.000 unidades dos três genéricos produzidos pela EMS: cefalexina, ampicilina (ambos antibióticos) e ranitidina (contra doenças do estômago).
A distribuidora Audifar, de São Paulo, também deve receber hoje esses remédios. Segundo Marcelo Licnerski, gerente de marketing, a procura por genéricos, por parte das farmácias, é ainda muito pequena. "Recebemos poucas ligações de clientes. Mas acreditamos que a demanda vá crescer muito, assim que os consumidores estiverem mais familiarizados com os genéricos. É preciso fazer uma campanha de conscientização."
A EMS aposta no sucesso dos medicamentos em curto prazo. Segundo Carlos Sanchez, diretor-presidente do laboratório, os remédios estarão em pelo menos 40% das farmácias do Brasil até sexta-feira. No Estado de SP, a expectativa é que 60% das farmácias estejam abastecidas com os medicamentos até o fim desta semana.
Os preços desses medicamentos são entre 36,25% e 55,74% mais baratos que seus respectivos remédios de referência.


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