São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2000


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Preço de matéria-prima varia até 4.526%, diz levantamento

da Sucursal de Brasília

Novo levantamento apresentado ontem pela CPI dos Medicamentos aponta diferença de preço na importação de matérias-primas por laboratórios nacionais e estrangeiros de até 4.526%.
Essa diferença diz respeito à importação do cetocoazol, princípio ativo do Candoral, medicamento usado para combater fungos.
O levantamento da CPI, apresentado pela deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), foi elaborado a partir de dados repassados pelos laboratórios ao Ministério do Desenvolvimento.
Outra substância cujo preço de importação variou muito entre laboratórios foi a nimesulina. Enquanto um laboratório multinacional pagou US$ 859,50 pelo quilo da substância, um nacional pagou US$ 30,33, 3.021% a menos.
No levantamento anterior apresentado por Grazziotin há duas semanas, a maior diferença de preço na compra dos princípios ativos era de 1.186% (na importação do diclofenaco de potássio).
O quilo da substância, usado na produção de antiinflamatórios, havia sido importado em 99 por um laboratório por US$ 161,50. No mesmo ano, outro laboratório comprou por US$ 12,56 o quilo.
As diferenças no preço de importação foram classificadas pelos deputados como "indícios fortíssimos" de que alguns laboratórios estariam superfaturando os valores de suas importações para inflar o preço dos seus produtos e para sonegar impostos.
Documentos elaborados pelo Ministério da Saúde a partir de dados da Receita Federal reforçaram as suspeitas de que laboratórios farmacêuticos multinacionais estariam superfaturando suas importações.
O levantamento encomendado pelo ministro José Serra (Saúde) apontou diferença de até 2.628% entre os preços da importação de um mesmo princípio ativo.


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