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Colégios tiveram 24 mortes
da Reportagem Local
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, só na
capital, foram registrados no ano
passado sete casos de disparos
com armas de fogo, 22 de porte de
entorpecentes e 16 de porte ilegal
de arma nas escolas estaduais.
O que mais chamou a atenção
da opinião pública, no entanto,
foram as mortes de alunos nas escolas. Não há dados oficiais, mas
foram divulgados pela imprensa
pelo menos 24 casos de mortes
em estabelecimentos de ensino
em São Paulo no ano passado.
Foram casos como o de Jair Galasso Filho, 17, morto no ano passado com um tiro no peito na escola estadual Professor Rafael Leme Franco, em Ribeirão Preto.
O principal suspeito do crime
foi um jovem de 13 anos, também
aluno da escola. O jovem teria
matado Jair após uma discussão,
no lado de fora do muro da quadra da escola.
Em setembro do ano passado, o
estudante André Luiz dos Santos,
19, foi assassinado com cinco tiros
na saída da escola estadual Edith
Silveira Dalmasão.
Os professores também foram
alvos da violência. Nesse mesmo
mês, a professora Vasiliki Tritsis
Cadamuro, 35, foi morta com
quatro tiros no estacionamento
da escola municipal João Naoki
Sumita, na zona leste de São Paulo
O assessor de comunicação da
Polícia Militar de São Paulo, capitão Edson Sardano, afirma que os
casos de violência na escola estão
diminuindo: "A polícia iniciou
um programa específico para escolas em 1998. A partir de então,
os crimes estão diminuindo. Ainda não é o ideal, mas estamos melhorando"
Sardano diz que a Polícia Militar colocou, em 1999, um policial
em cada escola, além de ter intensificado as rondas perto dos estabelecimentos de ensino estaduais.
"A maioria desses policiais é de
mulheres, que foram treinadas especificamente para isso", afirma
Sardano. Quanto aos casos de depredação e pichação, Sardano
afirma que a maioria deles acontece à noite ou nos finais de semana, quando o policiamento é menor, já que não há movimento.
Para combater o problema, a
principal solução apresentada pelos diretores é fazer projetos de
conscientização e valorização da
escola em parceria com pais, alunos e a comunidade.
Essa prática, já testada em algumas escolas, diminuiu a violência,
o número de pichações e até melhorou os indicadores de repetência e evasão. Foi o que aconteceu
na escola estadual Professor Renato de Arruda Penteado, em Jardim Carambé. "Chamamos os
pais, alunos e a comunidade para
estudar soluções em conjunto.
Com isso, mostramos a eles que a
escola é de todos. Conseguimos
acabar com a violência aqui sem
precisar colocar policias por toda
a escola", afirma a diretora Eliana
Bernardes de Mello, 50.
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