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VIOLÊNCIA
PM deteve dois suspeitos de jogar bomba contra juizado de Guaianazes, libertados depois por falta de provas
Polícia acha faixa do PCC perto de atentado
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma faixa com os dizeres "PCC
a luta continua 1533 GCRP" foi
encontrada em um matagal a cerca de 50 metros do Juizado Especial Cível e Criminal de Guaianazes, zona leste de São Paulo, alvo
de um atentado à bomba ontem.
Há três dias, 12 integrantes da
facção criminosa foram mortos
por policiais militares durante
ação no interior do Estado. O PCC
estaria vinculado ainda a três outros atentados a bomba, neste
ano, contra a Secretaria da Administração Penitenciária.
A Polícia Militar deteve ontem
dois suspeitos, que foram liberados no fim da noite por falta de
provas. Um tinha ferimento na
mão direita, mas disse que passava pelo local quando foi atingido.
De acordo com investigadores,
não é possível ter certeza de que a
faixa esteja ligada ao atentado
contra o juizado. Duas motos que
podem ter sido usadas também
foram apreendidas pela polícia.
No carro-bomba encontrado no
fórum da Barra Funda, zona oeste, segundo policiais, haveria um
bilhete que vincularia o atentado
ao grupo. A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança disse desconhecer a informação.
Havia pedaços de pano no carro-bomba, mas a polícia informou não saber se continha dizeres. Para o delegado Osvaldo Nico
Gonçalves, que estava no local, a
ação pode ter sido revide de criminosos. "Cada vez que a gente
aperta, eles gritam", afirmou.
"Não sei de bilhete", afirmou, no
entanto, sobre a suposta mensagem da facção criminosa.
A polícia desconfia que o Escort
usado no atentado contra o fórum
da Barra Funda ontem possa ter
placa dublê -uma placa falsa é
colocada em um carro de modelo
e cor semelhantes ao verdadeiro
para confundir a polícia. Não há
informações de que o veículo tenha sido furtado ou roubado.
"Agora tudo é PCC", ironizou o
diretor do Deic (Departamento
de Investigações sobre o Crime
Organizado), Godofredo Bittencourt. Mas ele reconhece que os
atentados mostram um poder de
força dos criminosos.
"Foi uma ação fora do normal,
com explosivos de grande impacto", afirmou Bittencourt.
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