São Paulo, quarta-feira, 09 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Apoio a mudança tem ressalvas

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar das rebeliões, instituições que atuam com jovens infratores continuam apoiando a reformulação feita pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Para o padre Júlio Lancellotti, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, a Febem está no "caminho certo", mas o fato de a fundação realizar muitas mudanças de uma só vez prejudica a reestruturação. "É como operar o fígado, o estômago, o coração e o pulmão de uma vez."
Lancellotti acredita que há falta de diálogo. "A presidência da Febem tem conseguido fazer interlocuções com as entidades de direitos humanos, com as famílias dos menores e com representantes dos jovens, mas não tem conseguido com grupos internos da Febem, que são os funcionários."
Quem também apóia a reestruturação é a presidente da Amar (associação das mães de internos da Febem) e responsável pelo programa Mães na Febem, Conceição Paganele, embora classifique a situação atual de "inferno".
Segundo ela, as rebeliões têm sido causadas porque funcionários antigos incitam os jovens, dizendo que as torturas irão voltar.


Texto Anterior: Juventude encarcerada: Diretor vira refém em novo motim na Febem
Próximo Texto: Análise: Fundação pode "endurecer" em ano eleitoral
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.