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Apoio a mudança tem ressalvas
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar das rebeliões, instituições que atuam com jovens infratores continuam apoiando a reformulação feita pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Para o padre Júlio Lancellotti,
do Centro de Defesa da Criança e
do Adolescente, a Febem está no
"caminho certo", mas o fato de a
fundação realizar muitas mudanças de uma só vez prejudica a
reestruturação. "É como operar o
fígado, o estômago, o coração e o
pulmão de uma vez."
Lancellotti acredita que há falta
de diálogo. "A presidência da Febem tem conseguido fazer interlocuções com as entidades de direitos humanos, com as famílias
dos menores e com representantes dos jovens, mas não tem conseguido com grupos internos da
Febem, que são os funcionários."
Quem também apóia a reestruturação é a presidente da Amar
(associação das mães de internos
da Febem) e responsável pelo
programa Mães na Febem, Conceição Paganele, embora classifique a situação atual de "inferno".
Segundo ela, as rebeliões têm sido causadas porque funcionários
antigos incitam os jovens, dizendo que as torturas irão voltar.
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