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SAÚDE
Programa incluiria serviço de média complexidade
Ministro estuda isenção fiscal para hospital privado atender pelo SUS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse estar estudando a
criação de um programa de isenção fiscal para hospitais particulares em troca de atendimentos à
população por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) em serviços de média complexidade, como tratamento de vesícula biliar.
O projeto seria implantado em
regiões onde os estabelecimentos
públicos e filantrópicos (que já
dispõem de isenção tributária)
não tenham capacidade para esse
tipo de atendimento. O anúncio
foi feito ontem na reunião do CNS
(Conselho Nacional de Saúde).
"Estudamos a possibilidade de
compra de serviços na rede privada semelhante ao Prouni", disse o
ministro, referindo-se ao Programa Universidade para Todos.
Criado pelo Ministério da Educação em 2004, o Prouni concede
isenção de quatro tributos federais a instituições particulares de
ensino superior em troca de bolsas parciais e integrais de 50% para alunos de baixa renda.
O Prouni, porém, levou as filantrópicas a converterem em bolsas
parte da isenção fiscal prevista na
Constituição, antes exigida em
forma de "gratuidade". Na Saúde,
o projeto envolveria inicialmente
apenas hospitais particulares.
Segundo Costa, o estudo está
em fase inicial, devendo passar
por discussão com os ministérios
da Fazenda e do Planejamento.
"Detectamos que a área de média complexidade é um dos gargalos do atendimento no SUS, ao
lado de urgência e emergência.
Essa [isenção em troca de serviço]
seria uma forma rápida de enfrentar o problema", disse o ministro, que fará a conta de quanto
o projeto pode custar e em quais
áreas pode ser implantado.
Paralelo a isso, o Ministério da
Saúde discute a possibilidade de
conceder isenção fiscal a hospitais
considerados estratégicos em troca de serviços ligados ao SUS, como formação profissional.
Os problemas no atendimento
do SUS estão sendo detectados
em um trabalho do próprio ministério, que deve ser divulgado
nas próximas semanas.
Costa anunciou ainda entre as
perspectivas para este ano o início
do funcionamento do programa
de internação domiciliar e a implantação de 3.400 novas equipes
do Saúde da Família.
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