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EDUCAÇÃO
EUA abrem pós-graduação
em administração no Brasil
FERNANDO ROSSETTI
da Reportagem Local
Começou na semana passada em
São Paulo o primeiro curso de
pós-graduação em administração
oferecido no país por uma universidade norte-americana.
É um MBA (Master in Business
Administration) da Universidade
de Michigan -uma das dez universidades mais disputadas dos
EUA. Reúne, nessa primeira edição, 41 executivos, selecionados
entre 90 candidatos.
Eles foram apresentados por dez
empresas instaladas em São Paulo
e no Rio de Janeiro.
O programa terá três anos de duração, intercalando aulas por videoconferência (professores nos
EUA dão aulas ao vivo para os alunos no Brasil), visitas dos 15 profissionais do programa ao país e
um semestre de estágio dos brasileiros no campus da universidade.
Preço do pacote: R$ 50 mil por
aluno -em torno de 10% a mais
do que custaria nos EUA.
"A grande vantagem é que os
alunos poderão continuar trabalhando nas suas empresas. Em geral, quando os brasileiros vão fazer um MBA nos Estados Unidos,
têm de parar de trabalhar", diz
John Mein, vice-presidente executivo da Câmara Americana de Comércio, co-promotora do curso.
O programa já existe há seis anos
em Hong Kong e, há três, na Coréia.
"O Brasil foi selecionado porque
está se tornando uma das economias mais importantes e dinâmicas do mundo", afirma o diretor
da Business School da Universidade de Michigan, Joseph White,
que esteve em São Paulo para a
abertura dos trabalhos.
"Também encontramos aqui
companhias preocupadas em desenvolver o potencial do seu pessoal. Temos um grupo de profissionais muito promissor, na faixa
dos 28 a 35 anos", acrescenta.
O curso surgiu por uma iniciativa bilateral. No Brasil, a Câmara
Americana de Comércio inaugurou há pouco sua nova sede (na
zona sul de São Paulo), com a tecnologia necessária para esse tipo
de curso, e estava buscando um
parceiro. Nos EUA, as instituições
de ensino superior estão se globalizando, em busca de novos mercados.
Parceria
Outro exemplo dessa globalização é o contrato que deve ser assinado até o próximo mês entre instituições de pesquisa do Estado de
São Paulo e o MIT (Instituto Massachusetts de Tecnologia), dos
EUA, para desenvolvimento de
projetos em parceria com indústrias multinacionais. Deve consumir R$ 6 milhões em dois anos.
Além das transformações econômicas mundiais, os avanços
tecnológicos de comunicação e informática também são determinantes na globalização do conhecimento.
"A realização desse tipo de curso
não seria possível na década de
80", afirma o diretor da Business
School da Universidade de Michigan.
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