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Deputado se nega a falar desse negócio
da Sucursal de Brasília
O deputado Sérgio Naya (sem
partido-MG) não quis responder
pergunta sobre a venda de imóveis
da construtora Sersan para o Iapas
durante entrevista dada na última
sexta-feira ao repórter da Folha
Fernando Rodrigues. Ontem, ele
não foi localizado em Brasília.
No último dia 27, o deputado
havia informado por escrito à Folha que a Sersan deixou de participar de "obras públicas" depois
que ele passou a exercer o mandato na Câmara, há 10 anos.
Essa medida foi tomada, segundo Naya, porque "a Constituição
Federal, em seu artigo 54, proíbe
desde a posse que o parlamentar
seja proprietário, controlador ou
diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público".
Na mesma resposta escrita, Naya
afirmou que tinha se afastado da
gerência da empresa, na qual ocupava o cargo de diretor-presidente, porque ainda havia contrato
com órgão público.
A procuradoria do Ministério da
Previdência Social informou que a
ação popular movida pelo advogado Eri Varela contra a venda de
328 apartamentos ao Iapas foi rejeitada na 9ª Vara Cível da Justiça
Federal em Brasília. O advogado
recorreu da decisão ao Tribunal
Regional Federal da 1ª Região.
Na ação popular, os advogados
da Sersan afirmaram que "não há
ato ilegal ou lesivo" no contrato de
compra e venda.
Na sentença de 37 páginas, assinada em junho de 96, a juíza-substituta Vera Carla Cruz não faz referência à alegação de que Naya
não poderia, como deputado,
vender imóveis da sua construtora
ao governo federal.
(AG)
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