ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL

Vitrine de campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a segunda pista da rodovia dos Imigrantes será aberta ao tráfego, em dezembro deste ano, com a realização de obras complementares improvisadas no acesso ao litoral sul de São Paulo.
O Estado decidiu fazer uma alternativa emergencial para evitar congestionamentos na rodovia Padre Manoel da Nóbrega, mas a Ecovias, concessionária do sistema Anchieta/Imigrantes, admite que a solução é só "paliativa".
Os motoristas que vierem de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe em direção à capital paulista terão uma terceira faixa adicional na estrada, da praça de pedágio até a rodovia dos Imigrantes -do km 280 ao km 274. No sentido capital-litoral, porém, não haverá ampliação.
"É um paliativo. A faixa vai ficar na lateral, comendo pedaços do acostamento. Ainda existe a necessidade de fazer uma pista reversível", afirma Irineu Meireles, diretor-presidente da Ecovias.
A situação do trânsito na Padre Manoel da Nóbrega é considerada crítica há mais de um ano, principalmente nos feriados, quando 55% dos motoristas que se dirigem ao litoral precisam usá-la. O restante segue em direção a Santos, Guarujá e Bertioga.
A Ecovias defende a construção de uma terceira pista, com duas faixas reversíveis, do km 274 ao km 291, para evitar um "gargalo" no tráfego de acesso ao litoral e no da volta à capital.
Depois da abertura dos 21 km da segunda pista da Imigrantes, a capacidade do sistema Anchieta/ Imigrantes vai aumentar em 75% -de 8.000 veículos/hora para 14 mil veículos/hora. Nos primeiros meses, é esperado um acréscimo de 10% no tráfego. A construção já está 80% pronta e vai ser vistoriada hoje por Alckmin. O prazo contratual para a inauguração era até maio de 2003, mas a Ecovias decidiu antecipá-la para este ano.
Atualmente, a demanda em direção aos municípios de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe atinge 4.400 veículos/hora nos picos de feriado. A capacidade da Padre Manoel da Nóbrega, porém, é de 3.600 veículos/hora no sentido litoral e de 4.000 veículos/hora no sentido capital.
O contrato com a Ecovias diz que todas as obras na serra e na Baixada Santista, em virtude da ampliação do fluxo de veículos, têm que ser feitas pelo Estado. A Comissão de Concessões da Secretaria dos Transportes foi contatada, mas ficou de se manifestar hoje, na visita de Alckmin à obra.



Texto Anterior: Outro lado: Não há verba para obras contra cheias, diz regional
Próximo Texto: Estado dispensa licitação de obra
Índice