São Paulo, sábado, 9 de maio de 1998

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Brasil quer venda de Viagra antecipada

da Sucursal de Brasília

A Secretaria Nacional da Vigilância Sanitária solicitou à empresa Pfizer que antecipe a comercialização, no Brasil, do medicamento Viagra para tentar coibir o aumento da importação individual do produto.
Segundo a secretária da Vigilância Sanitária, Marta Nóbrega, o aumento na frequência dos pedidos de importação indica que o medicamento pode estar sendo usado por pessoas para as quais o remédio não é indicado, para tentar aumentar a performance sexual.

Impotência
O remédio é indicado para impotência sexual masculina (disfunção erétil). A Pfizer é a detentora do registro do produto no Brasil desde fevereiro e só ela pode comercializar o medicamento no país, o que, a princípio, estava previsto para ser feito a partir de junho.
Até que a Pfizer inicie a comercialização, a única forma de obter o Viagra no Brasil é por intermédio da importação, que só pode ser feita por pessoa física.
O interessado no medicamento precisa ter uma receita médica para pedir autorização da importação.
"Notamos que houve um aumento muito grande da frequência de pedidos de importação, mas não sabemos mensurar quanto. Estamos investigando isso, mas pedimos que a Pfizer antecipe a comercialização no Brasil para que a compra seja feita somente com receita, na farmácia", disse a secretária da Vigilância Sanitária, Marta Nóbrega.

Autuação
Por enquanto, segundo Nóbrega, somente uma farmácia no Rio foi encontrada vendendo o medicamento, e foi autuada pela Vigilância Sanitária.
Marta alertou para os perigos da ingestão do remédio sem recomendação médica.
"O Viagra é de alto risco. Pode causar priapismo (pênis ereto constantemente), provocar uma série de distúrbios cardiovasculares, levar ao câncer e não pode ser usado por mulheres", afirma a secretária da Vigilância Sanitária.



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