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JUSTIÇA
Promotor pede sindicância contra chefes da Polícia Civil
da Reportagem Local
O Ministério Público pediu que
o Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais) do TJ-SP (Tribunal
de Justiça de São Paulo) abra sindicância contra o delegado-geral
da Polícia Civil de São Paulo, Luiz
Paulo Braga Braun.
O motivo alegado pelo promotor
Gabriel César Zacarias de Inellas é
que, "indubitavelmente", Braun
teria desobedecido a decisão liminar da Justiça que proibiu a entrada de novos presos com condenações definitivas nas celas das delegacias da cidade de São Paulo.
Além de Braun, o promotor pede a apuração das responsabilidades criminais e administrativas do
diretor do Decap (Departamento
de Polícia Judiciária da Capital),
delegado Eduardo Hallage, e do
delegado-titular do 3º DP, em
Santa Ifigênia (região central).
A Folha procurou o delegado-geral ontem à noite e foi informada que Braun estava viajando.
Sua assessoria informou que ele
não deveria se manifestar sobre o
caso antes de conhecer oficialmente o pedido da promotoria.
Segundo a representação, 11 presos com condenações definitivas
foram postos nas celas do 3º DP de
16 a 29 de abril, conforme estaria
registrado na lista de presos de 4
de maio daquela delegacia.
A entrada desses presos no 3º DP
teria ocorrido após a decisão de 15
de abril da 12ª Vara da Fazenda
Pública, que, além de proibir a inclusão de novos presos condenados nas delegacias da capital, determinava multa diária de R$ 100
mil em caso de desobediência.
Pela decisão, todo homem já
condenado deveria ser mandado
para as penitenciárias paulistas
após a prisão. A decisão sobre a
abertura ou não da sindicância para apurar a desobediência à ordem
judicial caberá ao juiz-corregedor
Maurício Lemos Porto Alves, diretor do Dipo, que deverá tomá-la
na segunda-feira.
(MG)
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