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Polícia terá banco de dados digital
CRISPIM ALVES
da Reportagem Local
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo está desenvolvendo programas de informática que
vão permitir a digitalização de fotografias, impressões digitais e informações de todas as pessoas do
Estado que têm ficha criminal,
presas ou não.
O objetivo, segundo o secretário
interino da Segurança, Luiz Antonio Alves de Souza, é agilizar ao
máximo as investigações policiais.
Quando esse banco de dados estiver pronto -ainda não há data
definida para isso-, será possível
levantar a ficha de um criminoso
apenas com o seu retrato falado.
"Hoje, nós temos um banco de
dados, da Prodesp (empresa de
processamento de dados do Estado), que só tem os dados do preso,
mas não tem a impressão digital e
a foto", disse Alves de Souza.
De acordo com o secretário, a
implantação dos programas irá
consumir investimentos de R$ 6
milhões. Essa verba já está incluída no pacote de R$ 60 milhões que
o Estado vai destinar para a informatização total da polícia.
"A criação desse banco de dados vai nos ajudar muito. Por
exemplo, a polícia está investigando um ladrão de banco. Se tem um
retrato falado do suspeito, ele é jogado no sistema, que localiza a foto. Pelos arquivos, e os programas
já estão sendo preparados para isso, a polícia vai receber quais os
cúmplices habituais desse ladrão,
se tem algum preso ou não, endereços habituais etc."
Segundo Alves de Souza, os programas estão sendo desenvolvidos
para alimentar a intranet (rede interna com as mesmas características da Internet) da Polícia Civil,
que deve começar a ser implantada dentro de um mês.
A rede vai interligar todas as delegacias do Estado. Com isso, todos os telex da Polícia Civil vão ser
aposentados, porque a troca de informações será feita on-line, via
computador. Segundo o secretário, em breve essa rede vai ser incorporada pela Intraseg (Intranet
da Segurança Pública), interligando todos os departamentos e unidades das Polícias Civil e Militar.
De acordo com o delegado José
de Almeida Penteado, diretor do
Detel (Departamento de Telemática) da Polícia Civil, a implantação
só depende da entrega de uma
central de informática e de um lote
de 2.000 microcomputadores. Os
equipamentos já foram comprados e custaram R$ 6,5 milhões.
Delegacia virtual
No futuro, segundo Alves de
Souza, será possível registrar alguns tipos de crime, como furtos
ou roubos de documentos, sem
sair de casa, via Internet. Os projetos já estão em estudo.
"Mas esse é um passo um pouco
mais demorado, porque a gente
precisa de segurança contra violação de dados", disse o secretário.
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