São Paulo, sexta-feira, 09 de julho de 2004

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União gastará R$ 150 mi por ano com a UniABC

LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Universidade Federal do ABC paulista, a primeira a ser instalada na região que foi berço político do presidente Lula e do PT, custará ao governo federal R$ 150 milhões anuais quando estiver em pleno funcionamento, ou seja, cinco anos após sua inauguração. Esse valor inclui custeio e pessoal.
O projeto de criação da universidade, enviado pelo Ministério da Educação ao do Planejamento, prevê a contratação de 600 docentes para atender a três centros: o de tecnologias e indústria, o de educação e o de ciências sociais.
No primeiro ano de funcionamento, os gastos estão previstos em R$ 30 milhões, subindo para R$ 60 milhões no ano seguinte.
A criação da UniABC faz parte de um programa de expansão de vagas nas universidades federais em discussão no Ministério da Educação. A previsão é criar campi avançados e instituições em locais onde haja deficiências no ensino superior. Está previsto no Orçamento deste ano do ministério o repasse de cerca de R$ 650 milhões para o custeio de 55 instituições federais de ensino superior, incluindo 44 universidades.
O envio do projeto ao Congresso prevendo a criação da federal do ABC foi autorizado em maio por Lula. A meta é atender a 20 mil alunos em cursos de graduação semipresenciais. Também serão oferecidas 2.500 vagas em cursos de mestrado profissionais semipresenciais e mil de doutorado.
Em relação ao funcionamento da UniABC, a proposta prevê a integração de laboratórios da instituição às empresas, flexibilização do currículo instituindo um ciclo básico e a graduação em regime semipresencial com redução da carga de trabalho na sala de aula.
No Estado de SP, já existem duas federais: a UFSCar (São Carlos) e a Unifesp (São Paulo). Ao receber o aval do Planejamento, o texto do projeto de lei criando a universidade será remetido à Casa Civil para envio ao Congresso.

Novos cursos
O ministro da Educação, Tarso Genro, autorizou ontem três novos cursos de medicina -em dois houve redução no número de vagas em relação ao solicitado.
No caso da Faculdade de Medicina Nova Esperança, em João Pessoa (PB), a mantenedora pediu 80 vagas, mas Tarso autorizou 60. Para a Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, também na cidade, foram autorizadas 80 vagas -o pedido previa cem.


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