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Infraero descarta barreiras contra ruído no aeroporto
DA REPORTAGEM LOCAL
A Infraero, que administra
Congonhas, embora tenha planejado em 2005 realizar estudos para implantar barreiras
acústicas para minimizar a propagação do ruído gerado pelo
aeroporto, descartou levar a
idéia à frente. As barreiras
acústicas estão entre as medidas sugeridas pelos pesquisadores da UFRJ para reduzir o
impacto sonoro.
No entanto, após iniciar os
estudos, a Infraero concluiu
que a medida não pode ser adotada em Congonhas. A estatal
federal disse que, devido à proximidade com áreas urbanas altamente habitadas, as barreiras
foram consideradas inviáveis.
A Infraero afirmou que tal medida poderia criar riscos para a
segurança aeronáutica, sem explicar a razão dessa avaliação.
Por causa desse impedimento, a empresa está montando
um estudo para levantar propostas alternativas. Em Brasília
e Guarulhos, há medidas em estágio mais avançado do que no
aeroporto de maior movimento
do país. Já foi concluída, por
exemplo, a licitação para o sistema fixo de monitoramento
de ruídos para os dois locais. Os
equipamentos estão sendo instalados e, em 2007, as informações estarão disponíveis pela
internet, ao custo de R$ 3 milhões, segundo a Infraero.
A Infraero avalia, também,
mudar o local onde são feitos os
testes de motores, atividade
que gera forte ruído. Enquanto
as soluções não vêm, há pouco
o que fazer, pelo menos na Justiça, para forçar a empresa a
apressar a adoção de medidas.
""Por ser estratégico para o
país, incluindo para a segurança nacional, Congonhas acaba
tendo muita força. Entrar na
Justiça seria demorado e provavelmente inútil", afirma o
advogado Fabricio Soler, especialista em direito ambiental.
Nabil Bonduki, urbanista e
ex-vereador pelo PT, acredita
em medidas mais radicais. ""A
Infraero deveria, por exemplo,
indenizar um estabelecimento
prejudicado pelo barulho."
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