São Paulo, sexta-feira, 09 de agosto de 2002

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Marta diz que obra no Aricanduva vai custar mais

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita Marta Suplicy (PT) afirmou ontem que as obras emergenciais de combate às enchentes na bacia do Aricanduva (zona leste) -que prevêem a construção de três piscinões, a elevação de dois pontilhões e o alargamento da calha do córrego Aricanduva- vão custar R$ 90 milhões, e não R$ 40 milhões, como estava previsto inicialmente.
A prefeitura argumenta que a diferença nos valores -um aumento de 125% em relação ao preço inicial- está no andamento dos projetos.
Inicialmente, segundo Marta, foi feito um projeto básico, para início das obras emergenciais -que são feitas sem licitação. Depois, com a realização do projeto executivo, a Secretaria da Infra-Estrutura Urbana (Siurb) "descobriu" que seria necessário mais dinheiro para a tocar as obras.
"Estamos com uma enorme dificuldade em enfrentar uma obra que foi orçada, com projeto básico, em R$ 40 milhões, e, quando se fez o projeto executivo, viu-se que era preciso ter R$ 90 milhões", afirmou Marta.
Já a assessoria de imprensa do secretário da Infra-Estrutura, Roberto Luiz Bortolotto, informou que a prefeitura já sabia que as obras iriam custar mais de R$ 40 milhões e que haveria uma contrapartida do município, mas não havia ainda um detalhamento desse valor, o que só foi possível quando se foi a campo.
Além de arcar com os R$ 50 milhões da contrapartida, a prefeitura afirma que terá também de bancar os R$ 40 milhões, prometidos em fevereiro pelo então ministro da Integração Nacional Ney Suassuna, mas que, até agora, não chegaram aos cofres municipais, segundo Marta.
O Ministério da Integração Nacional informou que o recurso não foi liberado por haver "pendências técnicas" e "incorreções" nos documentos enviados pela prefeitura. O ministério enviou um fax à prefeitura pedindo as correções, mas ainda não obteve resposta.



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