da Reportagem Local

Se os adolescentes reclamam da distância dos pais, estes, por sua vez, dizem estar preocupados em garantir o espaço dos filhos.
"Acompanho minhas filhas à distância. Acho que isso as estimula a ter mais responsabilidade", diz a engenheira civil Eliana Juliano Pereira, mãe de duas jovens de 15 e 16 anos.
O depoimento de A.V.B., pai de J.V.B., que preferiu não ter a identidade revelada, também vai nesse sentido. "Trabalho muito. Por isso tento criar um referencial para manter a coesão familiar e o espaço de liberdade de cada um. Acho que tem funcionado", diz.
Embora a intenção seja boa, a atitude pode revelar falta de orientação dos próprios pais. "Nas palestras das escolas, os pais me enchem de perguntas. Eles estão perdidos", diz a psicóloga Rosely Sayão.
A saída pode estar numa definição mais clara dos parâmetros de educação, valores e éticos. "Muitos pais têm a sensação de que não têm como remar contra a maré e deixam os filhos fazer o que querem. Isso é um erro." (MAv)



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