São Paulo, sábado, 09 de setembro de 2000

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PANORÂMICA

BOMBA
Anistia faz campanha mundial contra atentados de skinheads em São Paulo

A Anistia Internacional deu início ontem a uma campanha mundial contra os atentados de grupos que se autodenominam skinheads em São Paulo.
Um comunicado do secretariado da entidade, em Londres, foi enviado às sedes nacionais da Anistia, espalhadas pelo mundo, onde as mensagens serão traduzidas e redistribuídas.
No texto, a Anistia faz relato das ameaças e dos dois pacotes-bombas recebidos por entidades paulistas esta semana, além de repetir as críticas ao governo brasileiro já feitas à Folha por Javier Zuniga, diretor responsável pelas Américas.
A campanha tem como objetivo incentivar os militantes de direitos humanos a enviar cartas de cobrança às autoridades brasileiras. O comunicado fornece o endereço do presidente Fernando Henrique Cardoso, do ministro José Gregori (Justiça) e do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio Petrelluzzi.
O comunicado recorda que a Anistia Internacional em São Paulo sofreu dois atentados a bombas nos últimos 12 meses e recebeu diversas ameaças por telefone e cartas. Ressalta que nas duas vezes o alvo dos ataques, o professor de educação física José Eduardo Bernardes da Silva, conseguiu escapar ileso.
O texto diz que o Gradi (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância), criado em março pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, ""não conseguiu nenhum resultado positivo (nas investigações) e a proteção para as pessoas em risco tem sido extremamente limitada". ""A Anistia Internacional acredita que o fracasso da investigação oficial deixou todos os ameaçados em grave perigo", destaca o texto.
Ontem, a Polícia Civil informou que será centralizada a investigação dos atentados desde 99. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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