da Reportagem Local

O autônomo Antônio Elisvânio Severino Silva negou ontem ter dado a machadada que decepou a mão do gerente de vendas Sebastião José Rodrigues. Silva foi preso anteontem em uma favela do Jardim Císper (zona leste de São Paulo) e acusou a mulher de Rodrigues, Cláudia dos Santos, de ter dado o golpe.
Em seu depoimento, Silva confirmou que participou do crime. Segundo a polícia, ele disse que combinou tudo com Rodrigues há cerca de um mês. Os dois se conheciam há mais de um ano, desde o tempo que Rodrigues tinha um mercadinho em Ermelino Matarazzo (zona leste).
Silva contou que, na noite de terça-feira, passou na casa de Rodrigues por volta das 22h. De lá, acompanhados de Cláudia, eles passaram em um caixa eletrônico do Itaú, onde sacaram R$ 20. O saque fazia parte do plano e seria um álibi para a versão de assalto que apresentariam à polícia.
Em seguida, segundo Silva, os três se dirigiram a uma praça no Jardim Leme (zona sudeste), onde a mão esquerda foi amputada. O autônomo disse que, na hora, não teve coragem de dar o golpe. Cláudia, então, teria pego o machado e dado o golpe.
Silva confirmou também ter "dado um fim" no braço e no machado. Ele disse que colocou tudo em um saco plástico e jogou no rio Tamanduateí, na altura do número 5.500 da avenida do Estado, na Mooca (zona sudeste).
A polícia e o IML afirmam que a versão de Silva não tem fundamento. Laudo preliminar mostra que o braço foi amputado em um único golpe, forte e contundente, que chegou a quebrar a pedra na qual o braço estava apoiado.
"A Cláudia, que é fraca e está grávida de 5 meses, não teria força para dar esse golpe. A versão dele é falsa", afirma o delegado Marcos Ricardo Parra, do Depatri.
Independente da versão correta, a situação não será alterada, pois os dois participaram, direta ou indiretamente, do crime. (OC).


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