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DESARMAMENTO
Inafiançabilidade do porte ilegal de armas de fogo, proposta no texto original, será alterada; PTB defendeu mudança
Estatuto será flexibilizado, afirma relator
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relator do Estatuto do Desarmamento na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça), Luiz
Eduardo Grenhalgh (PT-SP), vai
flexibilizar a inafiançabilidade do
porte ilegal de armas de fogo, proposta no texto original.
No caso de alguém não ter autorização para portar uma arma
mas tiver para a posse, ou seja, para tê-la em casa, o crime preverá o
pagamento de fiança.
A mudança é um acordo com o
PTB para aprovar o estatuto na
comissão.
O parecer do relator será apresentado hoje.
Referendo
O PTB continua contra a realização de um referendo popular
em 2005 para proibir a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional,
mas aceitou fazer um acordo de
procedimento.
O partido aprovará esse item na
comissão para que ele seja decidido no plenário da Casa. Também
há restrições ao projeto em outros
partidos, como no PP, no PL, no
PMDB e no PFL.
"Se não conversar, perde aqui
na Câmara. Na base do governo
há divergências, principalmente
no que tange ao referendo. A bancada do Rio Grande do Sul é a
mais hostil", afirmou Luiz Eduardo Greenhalgh.
O Rio Grande do Sul sedia a
Taurus, fábrica de armas e munição que financiou a campanha
eleitoral de deputados do Estado.
O Estatuto do Desarmamento
foi aprovado no Senado no último mês de julho e modificado na
Comissão de Segurança Pública
da Câmara, que ampliou a possibilidade de compra e de porte de
armas de fogo.
Em seu relatório, Luiz Eduardo
Greenhalgh vai retomar o projeto
original, com exceção da inafiançabilidade do crime de porte ilegal
de armas e da possibilidade do
Ministério da Justiça fazer convênios com os Estados para a concessão do porte de armas. Pelo
texto original, essa atribuição seria somente federal.
O estatuto voltará ao Senado devido às alterações. De acordo com
o relator, o presidente da Câmara,
João Paulo Cunha (PT-SP), vai
pedir ao presidente do Senado,
José Sarney (PMDB-AP), que a
Casa não modifique o texto que
sair da Câmara para agilizar a sua
promulgação.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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