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Chove, mas Cantareira ainda tem situação crítica
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da chuva acumulada de
29 mm anteontem na região do
sistema Cantareira, a ampliação
do racionamento de água para os
9 milhões de moradores na capital e região metropolitana por ele
abastecidos não está descartada.
O volume de água que chega aos
reservatórios do sistema aumentou de 6.000 litros por segundo
para 27 mil litros por segundo, e o
ritmo de seca, que vinha em 0,4
ponto percentual por dia, caiu para 0,1 ponto percentual, mas ontem o volume do Cantareira ainda
era baixo -8,7% do máximo.
A primeira represa, das seis do
sistema, estava ontem com apenas 1,29% de sua capacidade operacional. O sistema como um todo pode chegar a 5% da capacidade. A partir daí, a captação de
água ainda é possível, mas a recuperação dos reservatórios demoraria dois anos -o que pode significar um racionamento ainda
maior para a população atendida.
Outro que também ainda está
sob ameaça de cortes no fornecimento é o sistema Alto Tietê, que
abastece 2,7 milhões de pessoas
na zona leste da capital e região
metropolitana e estava ontem
com 21,5% de sua capacidade. As
chuvas nos mananciais do sistema não foram tão significativas
-o acumulado está em 8,8 mm.
Mesmo assim, o presidente da
Sabesp, Dalmo Nogueira, e o secretário Mauro Arce afirmam que
não decidirão sobre o racionamento neste mês. "Como política
de empresa, vamos sempre evitar
a falta de água", disse Nogueira.
Ambos esperam que, além da
economia por parte da população, chova algo próximo da média histórica do mês nos dois sistemas -131,4 mm no Cantareira
e 120,8 mm no Alto Tietê.
Para dar uma ajuda a São Pedro,
a Sabesp vem, desde o início da
semana, "semeando nuvens" para tentar fazer chover. Um avião
joga, nas nuvens, sais que facilitam a condensação e a precipitação. O resultado já seria positivo.
"Mas, se a situação continuar a
mesma, voltaremos a nos encontrar em novembro para falar sobre Cantareira e Alto Tietê", afirmou Arce ontem.
(MV)
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