São Paulo, terça-feira, 09 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MÃE-CANGURU

Evento divulga método

País exporta programa para bebês prematuros

GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DO RIO

O Brasil tornou-se referência mundial do programa Mãe-Canguru, para bebês prematuros, e está exportando a sua experiência. No Rio de Janeiro, o Seminário Internacional de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido, que teve início ontem, reúne 530 profissionais da área de saúde brasileiros e de 21 países da Europa, Ásia, África e das Américas.
O Brasil é o único país em que o método utilizado para aumentar a chance de sobrevivência de prematuros (nascidos com menos de dois quilos) foi adotado como política de saúde. O Mãe-Canguru consiste em colocá-los em contato direto com a pele da mãe algumas horas por dia.
Pesquisa da Fundação Orsa mostra que 77,3% das que praticaram o método no Brasil tiveram percepções positivas, como felicidade (53,8%) e amor e carinho pelo bebê (15%) -57,8% afirmaram que o bebê fica mais calmo e se desenvolve mais rápido. Com relação aos aspectos negativos, 21,3% se queixaram de dor na coluna e de cansaço pelo tempo que ficam no hospital.

Sem recursos
O método nasceu na década de 1970 em maternidades sem recursos da Colômbia. Os médicos notaram que bebês prematuros colocados sobre a barriga da mãe tinham mais chances de sobreviver. No procedimento convencional, o bebê fica separado da mãe até atingir o peso ideal, ficando longos períodos na incubadora.
Adotado desde 2000 como política pública, 490 maternidades estão capacitadas hoje para aplicar o Mãe-Canguru no Brasil. "Quando fica no peito da mãe, ele se mantém aquecido e aprende a respirar, sentindo a respiração materna", afirma o instituidor da Fundação Orsa, Sergio Amoroso.


Texto Anterior: Saúde pública: SP anula proibição da venda de Majipack
Próximo Texto: Habitação: Cercado, grupo de sem-teto deixa prédio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.