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MÃE-CANGURU
Evento divulga método
País exporta programa para bebês prematuros
GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DO RIO
O Brasil tornou-se referência
mundial do programa Mãe-Canguru, para bebês prematuros, e
está exportando a sua experiência. No Rio de Janeiro, o Seminário Internacional de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido, que teve início ontem, reúne 530
profissionais da área de saúde
brasileiros e de 21 países da Europa, Ásia, África e das Américas.
O Brasil é o único país em que o
método utilizado para aumentar
a chance de sobrevivência de prematuros (nascidos com menos de
dois quilos) foi adotado como política de saúde. O Mãe-Canguru
consiste em colocá-los em contato direto com a pele da mãe algumas horas por dia.
Pesquisa da Fundação Orsa
mostra que 77,3% das que praticaram o método no Brasil tiveram
percepções positivas, como felicidade (53,8%) e amor e carinho
pelo bebê (15%) -57,8% afirmaram que o bebê fica mais calmo e
se desenvolve mais rápido. Com
relação aos aspectos negativos,
21,3% se queixaram de dor na coluna e de cansaço pelo tempo que
ficam no hospital.
Sem recursos
O método nasceu na década de
1970 em maternidades sem recursos da Colômbia. Os médicos notaram que bebês prematuros colocados sobre a barriga da mãe tinham mais chances de sobreviver. No procedimento convencional, o bebê fica separado da mãe até atingir o peso ideal, ficando
longos períodos na incubadora.
Adotado desde 2000 como política pública, 490 maternidades estão capacitadas hoje para aplicar
o Mãe-Canguru no Brasil. "Quando fica no peito da mãe, ele se
mantém aquecido e aprende a
respirar, sentindo a respiração
materna", afirma o instituidor da
Fundação Orsa, Sergio Amoroso.
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