JULLIANE SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Acompanhada por duas colegas e pelo avô, Laís Gonçalves da Silva Coutinho Melo, 11, foi ontem à escola estadual Barão Homem de Mello, onde estuda, pela primeira vez após o acidente com o Learjet.
No caminho, passaram na esquina da rua de Cláudia Lima Fernandes, 16, e Laís lembrou que, em um dia "normal", iria até a casa da amiga para convencê-la a tomar café e levá-la ao colégio.
Ao chegar na escola, preferiu usar a entrada da diretoria. "É melhor por aqui, para evitar tumultos." Acolhida com uma festa surpresa na sala da 5ª série, classe de Laís, logo pediu que não perguntassem sobre o acidente, pois era "um dia muito feliz" e não queria se lembrar do que aconteceu.
O assunto principal, ainda assim, foi a saúde da colega de classe Cláudia, ainda internada. Laís enfatizou que a amiga também merecerá uma festa e muito apoio. "A situação dela é difícil, perdeu a família, vamos ter de ficar sempre por perto."
Selma Kisys, diretora da escola, acredita que a volta de Laís para o colégio é importante. "Ela ainda não teve tempo de refletir o que aconteceu, está muito deslumbrada, precisa voltar à vida normal para entender melhor o que passou."
Mas, por enquanto, sua rotina não é nada comum: ela ficou na escola apenas durante as primeiras aulas para, em seguida, participar da gravação de mais um programa de TV.


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