Quatro casas foram danificadas e duas delas, interditadas

DO AGORA

Seis pessoas da mesma família ficaram feridas por uma explosão de gás na madrugada de ontem, no Jardim Conceição, em Osasco (Grande São Paulo). Quatro casas foram danificadas, e duas delas foram interditadas pela Defesa Civil.
De acordo com vizinhos, por volta das 4h30, a dona-de-casa Severina da Silva, 45, levantou, sentiu um forte cheiro de gás e avisou o marido, o pedreiro Antônio Moisés da Silva, 50. Quando ele acendeu a luz, houve a explosão. O sobrado de dois andares, na rua Padre Cícero, ficou parcialmente destruído.
Na casa, também estavam as filhas Flávia, 25, e Silvania, 21, e as netas Mikaele, 6, e Vitória, 3. As quatro foram para o Hospital Santo Antônio. Flávia, Mikaele e Vitória foram liberadas à tarde. Silvania passou por cirurgia e apresentava quadro estável.
O casal, com queimaduras em mais de 80% do corpo, foi transferido para o Hospital da Vila Penteado, em São Paulo, e tinha estado grave.
O efeito da explosão foi tão devastador que chegou a abrir seis buracos, o maior de 3 metros, na casa da doméstica Elizete Ambrósio. "A explosão foi tão grande que teve um abalo no chão, como se fosse um terremoto. Depois, a luz foi cortada, e os primeiros socorros foram no escuro."
O marido dela, o comerciante Júlio Almeida, ajudou a retirar dos escombros uma das netas do casal vizinho.
À tarde, Flávia voltou ao local do acidente, mas não pode entrar na sua casa. "No momento da explosão, pensei que fosse um pesadelo. Estava tudo escuro, e senti os escombros caírem sobre mim. Foi horrível", contou ela.
Segundo a Defesa Civil, a casa da família Silva está comprometida e deverá ser demolida nas próximas 24 horas. Não foram divulgados mais detalhes da explosão.
Há pouco mais de dez anos, outro acidente com gás na cidade, no Osasco Plaza Shopping, deixou 42 pessoas mortas e mais de 300 feridas.
A explosão, em 11 de junho de 1996, foi causada por acúmulo de gás de cozinha num espaço livre entre o piso do shopping e o solo, devido a problemas na instalação da tubulação. Com o impacto, mais de 40 lojas acabaram destruídas.
(FABIANO NUNES)

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