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Governo Serra "estuda" adotar
mais 2 bombas
DA REPORTAGEM LOCAL
Logo após admitir que a
falha de uma bomba agravou as cheias em São Paulo, o governo José Serra
(PSDB) informou que "há
estudos" para implantar
dois equipamentos adicionais na Usina de Traição.
A nota não deixa claro
qual a função dessas novas
bombas -se serão reservas
ou colocadas em operação
para aumentar o escoamento de água no trecho.
Também não diz qual o
prazo de implantação.
O governo paulista informou que cada uma das
bombas -incluindo motor, conexões e transmissores- tem um custo estimado de R$ 45 milhões.
Mais cedo, o prefeito
Gilberto Kassab (DEM)
havia reclamado da necessidade de um "escoamento
mais rápido das águas" e
instava o governo estadual
a implantar mais bombas.
A estratégia de conter
enchentes revertendo a
trajetória do rio Pinheiros
enfrenta resistência de
ambientalistas, pois as
bombas jogam água suja na
represa Billings, responsável, com a Guarapiranga,
por abastecer ao menos 3,8
milhões de pessoas.
"É impossível drenar a
metrópole ali. Não se pode
querer jogar poluição no
reservatório", diz Carlos
Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental.
Além do "estudo" para
mais bombas, a nota do governo ressalta os investimentos feitos para tentar
reduzir as enchentes, que
somam R$ 2,9 bilhões desde 1995 na Grande SP, e
afirma que o evento de ontem está relacionado ao
excesso de chuvas em curto espaço de tempo.
Diz ainda que de 2007 a
2010 foram ou estão sendo
aplicados R$ 606,1 milhões
na implantação do Plano
Diretor de Macrodrenagem do Alto Tietê e na manutenção da calha. "Em 11
anos, o governo aprofundou e alargou 40,5 km da
calha do rio Tietê e, com as
Prefeituras da RMSP [Região Metropolitana de São
Paulo] parceiras, construiu
45 piscinões; outros três
estão em obras."
O governo diz ainda que
há "periodicamente" o
"desassoreamento e a limpeza dos rios Tietê, Cabuçu de Cima, Tamanduateí e
dos piscinões do ABC e Pirajuçara".
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