São Paulo, quarta-feira, 09 de dezembro de 2009

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Governo Serra "estuda" adotar mais 2 bombas

DA REPORTAGEM LOCAL

Logo após admitir que a falha de uma bomba agravou as cheias em São Paulo, o governo José Serra (PSDB) informou que "há estudos" para implantar dois equipamentos adicionais na Usina de Traição.
A nota não deixa claro qual a função dessas novas bombas -se serão reservas ou colocadas em operação para aumentar o escoamento de água no trecho. Também não diz qual o prazo de implantação.
O governo paulista informou que cada uma das bombas -incluindo motor, conexões e transmissores- tem um custo estimado de R$ 45 milhões.
Mais cedo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) havia reclamado da necessidade de um "escoamento mais rápido das águas" e instava o governo estadual a implantar mais bombas.
A estratégia de conter enchentes revertendo a trajetória do rio Pinheiros enfrenta resistência de ambientalistas, pois as bombas jogam água suja na represa Billings, responsável, com a Guarapiranga, por abastecer ao menos 3,8 milhões de pessoas.
"É impossível drenar a metrópole ali. Não se pode querer jogar poluição no reservatório", diz Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental.
Além do "estudo" para mais bombas, a nota do governo ressalta os investimentos feitos para tentar reduzir as enchentes, que somam R$ 2,9 bilhões desde 1995 na Grande SP, e afirma que o evento de ontem está relacionado ao excesso de chuvas em curto espaço de tempo.
Diz ainda que de 2007 a 2010 foram ou estão sendo aplicados R$ 606,1 milhões na implantação do Plano Diretor de Macrodrenagem do Alto Tietê e na manutenção da calha. "Em 11 anos, o governo aprofundou e alargou 40,5 km da calha do rio Tietê e, com as Prefeituras da RMSP [Região Metropolitana de São Paulo] parceiras, construiu 45 piscinões; outros três estão em obras."
O governo diz ainda que há "periodicamente" o "desassoreamento e a limpeza dos rios Tietê, Cabuçu de Cima, Tamanduateí e dos piscinões do ABC e Pirajuçara".


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