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Abaixo-assinado pela intervenção ganha adesões
DA REPORTAGEM LOCAL
O abaixo-assinado pela intervenção no Masp, que pede a
transferência da instituição para a esfera pública, cresce à projeção de 500 signatários por dia
e, até as 19h de ontem, tinha
2.200 signatários, a maioria
acadêmicos e artistas.
Para os participantes do manifesto, batizado de SOS Masp,
a recuperação das obras não
encerra a crise, a vulnerabilidade e os problemas de administração do museu.
"O roubo é um sintoma, e a
recuperação [dos dois quadros]
não é a cura da doença. O prédio está abandonado. É um museu morto", diz a urbanista Regina Meyer, professora da faculdade de arquitetura da USP.
Com acervo considerado o
melhor da América Latina
-tombado pelo Estado-, o
museu é gerido por uma sociedade privada.
Ex-curador do Masp e professor da Unicamp, Luiz Marques diz que pretende entregar
pessoalmente o abaixo-assinado, lançado por ele na virada do
ano, ao governador José Serra
(PSDB), mas não sabe quando.
"Há um consenso em relação
à questão que está em jogo no
Masp, que é independente do
incidente do roubo", afirma.
Apesar da crescente pressão,
nem todos os signatários do
manifesto acreditam ser viável
uma intervenção no museu.
"A solução envolveria o Estado. A recuperação dos quadros
não muda absolutamente nada.
Os problemas do Masp continuam iguais aos de antes", diz
Cláudio Weber Abramo, da
Transparência Brasil.
O manifesto espera que a
prefeitura, dona do prédio do
Masp, use o vencimento da cessão do edifício em novembro
deste ano para exigir transparência na gestão.
Procurado pela Folha, o
Masp disse que o movimento é
"oportunista". "Estão se aproveitando de um momento de
fragilização, quando o museu
precisava de apoio."
(VQG)
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