São Paulo, quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

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Abaixo-assinado pela intervenção ganha adesões

DA REPORTAGEM LOCAL

O abaixo-assinado pela intervenção no Masp, que pede a transferência da instituição para a esfera pública, cresce à projeção de 500 signatários por dia e, até as 19h de ontem, tinha 2.200 signatários, a maioria acadêmicos e artistas.
Para os participantes do manifesto, batizado de SOS Masp, a recuperação das obras não encerra a crise, a vulnerabilidade e os problemas de administração do museu.
"O roubo é um sintoma, e a recuperação [dos dois quadros] não é a cura da doença. O prédio está abandonado. É um museu morto", diz a urbanista Regina Meyer, professora da faculdade de arquitetura da USP.
Com acervo considerado o melhor da América Latina -tombado pelo Estado-, o museu é gerido por uma sociedade privada.
Ex-curador do Masp e professor da Unicamp, Luiz Marques diz que pretende entregar pessoalmente o abaixo-assinado, lançado por ele na virada do ano, ao governador José Serra (PSDB), mas não sabe quando.
"Há um consenso em relação à questão que está em jogo no Masp, que é independente do incidente do roubo", afirma.
Apesar da crescente pressão, nem todos os signatários do manifesto acreditam ser viável uma intervenção no museu.
"A solução envolveria o Estado. A recuperação dos quadros não muda absolutamente nada. Os problemas do Masp continuam iguais aos de antes", diz Cláudio Weber Abramo, da Transparência Brasil.
O manifesto espera que a prefeitura, dona do prédio do Masp, use o vencimento da cessão do edifício em novembro deste ano para exigir transparência na gestão.
Procurado pela Folha, o Masp disse que o movimento é "oportunista". "Estão se aproveitando de um momento de fragilização, quando o museu precisava de apoio." (VQG)


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