São Paulo, sábado, 10 de março de 2001

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Ibirapuera fechou turmas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Universidade Ibirapuera é um dos exemplos de instituições particulares que chegaram ao limite da expansão. No início no ano, várias turmas de diferentes cursos precisaram ser extintas por falta de alunos.
No curso de arquitetura, por exemplo, os 16 alunos que restaram nas duas turmas de terceiro e quarto ano foram obrigados a mudar para outras universidades.
A Ibirapuera alegou que não teria condições de manter as turmas funcionando com tão poucos alunos. A atitude da universidade desagradou os estudantes, que enfrentaram problemas como incompatibilidade de grades curriculares nas transferências para outras instituições.
Alguns alunos, como Elaine Palmério, 40, precisaram voltar um ano no curso para conseguir uma vaga em outra faculdade. Ela e outros alunos resolveram tomar providências jurídicas para tentar recuperar o prejuízo.
"Estamos abrindo um processo contra a universidade porque fomos lesados. Chegamos a procurar a coordenação do curso com antecedência para pedir informações e eles só nos avisaram em cima da hora."
Os alunos afirmam que a Ibirapuera ofereceu a transferência para a Unip, que teria programação de curso similar, mas ressaltam que gostariam de ter tido tempo para escolher outra universidade.
Segundo o advogado Adib Salomão, os alunos têm o direito de escolher as escolas para as quais querem ser transferidos e a universidade pode vir a ser obrigada a indenizar os estudantes por prejuízos morais e materiais.
De acordo com o reitor Jorge Bastos, o problema não é exclusivo da Ibirapuera. Ele aponta o aumento da concorrência e a inadimplência como as principais causas da falência dos cursos.
"Procuramos resolver caso a caso, os alunos foram transferidos de faculdade ou de período. A Ibirapuera perdeu metade dos alunos nos últimos anos."




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