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Ibirapuera fechou turmas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Universidade Ibirapuera é
um dos exemplos de instituições
particulares que chegaram ao limite da expansão. No início no
ano, várias turmas de diferentes
cursos precisaram ser extintas
por falta de alunos.
No curso de arquitetura, por
exemplo, os 16 alunos que restaram nas duas turmas de terceiro e
quarto ano foram obrigados a
mudar para outras universidades.
A Ibirapuera alegou que não teria condições de manter as turmas funcionando com tão poucos
alunos. A atitude da universidade
desagradou os estudantes, que
enfrentaram problemas como incompatibilidade de grades curriculares nas transferências para
outras instituições.
Alguns alunos, como Elaine Palmério, 40, precisaram voltar um
ano no curso para conseguir uma
vaga em outra faculdade. Ela e outros alunos resolveram tomar
providências jurídicas para tentar
recuperar o prejuízo.
"Estamos abrindo um processo
contra a universidade porque fomos lesados. Chegamos a procurar a coordenação do curso com
antecedência para pedir informações e eles só nos avisaram em cima da hora."
Os alunos afirmam que a Ibirapuera ofereceu a transferência para a Unip, que teria programação
de curso similar, mas ressaltam
que gostariam de ter tido tempo
para escolher outra universidade.
Segundo o advogado Adib Salomão, os alunos têm o direito de
escolher as escolas para as quais
querem ser transferidos e a universidade pode vir a ser obrigada
a indenizar os estudantes por prejuízos morais e materiais.
De acordo com o reitor Jorge
Bastos, o problema não é exclusivo da Ibirapuera. Ele aponta o aumento da concorrência e a inadimplência como as principais
causas da falência dos cursos.
"Procuramos resolver caso a caso, os alunos foram transferidos
de faculdade ou de período. A Ibirapuera perdeu metade dos alunos nos últimos anos."
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