São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2007

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Educação foi o principal fator positivo, diz Seade

DA REPORTAGEM LOCAL

Para a Fundação Seade, o acesso dos jovens ao ensino médio foi o grande responsável pela redução do índice de vulnerabilidade juvenil na cidade de São Paulo. A pesquisa, no entanto, não avalia a qualidade do ensino nas escolas.
Da redução de 19 pontos de um índice para outro -de 2000 para 2005-, o crescimento do acesso ao ensino médio foi responsável pela queda de oito pontos, segundo a fundação.
A proporção de jovens freqüentando o ensino médio foi o item que mais contribuiu para a redução do índice de vulnerabilidade nas áreas ricas, de classe média e de classe média baixa, de acordo com a pesquisa da Fundação Seade.
Nas áreas de pobreza, no entanto, a queda da vulnerabilidade teve dois índices com importância equivalente: o acesso do jovem ao ensino médio e a redução da taxa de homicídios.
"Em outros países, a relação entre criminalidade e ensino médio é estudada. No Brasil, ela aparece pouco. A questão da escola fica muito secundária", afirmou a diretora-executiva da fundação, Felícia Madeira.

Qualidade
A doutora em educação pela USP Dagmar Zibas, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, afirma que "apenas colocar os jovens na escola é pouco para diminuir a vulnerabilidade".
"Até dentro da escola há violência. Por isso, é preciso ver a qualidade da escola que os jovens estão freqüentando", disse Dagmar, que ressaltou que não teve acesso ao estudo da Fundação Seade.
Sem citar uma prova especificamente, ela lembrou que os resultados dos exames nacionais de alunos "mostraram que a qualidade está muito mal".
O último Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), por exemplo, mostrou que nenhuma escola estadual de São Paulo obteve nota superior a 50 (a prova vai de zero a cem).


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