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Educação foi o principal fator positivo, diz Seade
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a Fundação Seade, o
acesso dos jovens ao ensino
médio foi o grande responsável
pela redução do índice de vulnerabilidade juvenil na cidade
de São Paulo. A pesquisa, no entanto, não avalia a qualidade do
ensino nas escolas.
Da redução de 19 pontos de
um índice para outro -de 2000
para 2005-, o crescimento do
acesso ao ensino médio foi responsável pela queda de oito
pontos, segundo a fundação.
A proporção de jovens freqüentando o ensino médio foi o
item que mais contribuiu para
a redução do índice de vulnerabilidade nas áreas ricas, de classe média e de classe média baixa, de acordo com a pesquisa da
Fundação Seade.
Nas áreas de pobreza, no entanto, a queda da vulnerabilidade teve dois índices com importância equivalente: o acesso do
jovem ao ensino médio e a redução da taxa de homicídios.
"Em outros países, a relação
entre criminalidade e ensino
médio é estudada. No Brasil, ela
aparece pouco. A questão da escola fica muito secundária",
afirmou a diretora-executiva
da fundação, Felícia Madeira.
Qualidade
A doutora em educação pela
USP Dagmar Zibas, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, afirma que "apenas colocar
os jovens na escola é pouco para diminuir a vulnerabilidade".
"Até dentro da escola há violência. Por isso, é preciso ver a
qualidade da escola que os jovens estão freqüentando", disse Dagmar, que ressaltou que
não teve acesso ao estudo da
Fundação Seade.
Sem citar uma prova especificamente, ela lembrou que os
resultados dos exames nacionais de alunos "mostraram que
a qualidade está muito mal".
O último Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), por
exemplo, mostrou que nenhuma escola estadual de São Paulo obteve nota superior a 50 (a
prova vai de zero a cem).
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