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Policiais são mortos no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Rio de Janeiro teve ontem
mais um dia de violência. Dois
policiais militares foram assassinados de madrugada, em Irajá
(zona norte). Na Ilha do Governador, também na zona norte, dois
supostos traficantes morreram
em tiroteio com policiais do 17º
Batalhão da Polícia Militar, na favela João Telles. No confronto,
quatro pessoas ficaram feridas,
entre elas uma criança de cinco
anos que foi baleada no fêmur.
O crescente aumento da violência resultou na criação de uma
força-tarefa, reunindo a polícia
local, a Polícia Federal e as Forças
Armadas. Na última sexta, chegou ao Rio um efetivo de 50 policiais federais do Comando de
Ações Táticas de Brasília.
Mas a força-tarefa já está gerando divergências. O secretário de
Segurança Pública, Roberto
Aguiar, disse que não foi comunicado oficialmente sobre a chegada dos policiais federais ao Rio.
"Os policiais chegaram, mas
não vieram falar com a gente. Então é um negócio retórico. O que
sabemos é que os policiais federais receberão treinamento do
Bope [Batalhão de Operações Especiais da PM" para que saibam
atuar em zonas de alto risco do
Rio. Ainda não houve uma articulação com a PF do Rio", disse.
Antes mesmo de ser criada, a
força-tarefa já era polêmica. A governadora Benedita da Silva (PT)
disse que só aceitaria a criação do
grupo desde que o governo do Rio
ficasse à frente das decisões.
Na época, a governadora declarou que não via com bons olhos a
idéia de as Forças Armadas participarem do combate ao tráfico de
drogas, conforme foi sugerido pelo ministro da Defesa, Geraldo
Quintão. Ela disse que as Forças
Armadas só deveriam fazer trabalho social nas comunidades.
Dias depois, ela pediu a Quintão
ajuda da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica. Segundo o pedido, elas atuariam na investigação
sobre o contrabando de armas
militares e no patrulhamento aéreo para descobrir pistas clandestinas usadas por traficantes.
(MHM e TALITA FIGUEIREDO)
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