|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Contaminação
começou há
cerca de 30 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma área equivalente a
pelo menos 25 campos de
futebol na Vila Carioca foi
contaminada por borras tóxicas enterradas na década
de 70 pela Shell. As borras
são o resultado da lavagem
dos tanques de combustíveis. Após a lavagem, a sujeira era enterrada ao lado dos
tanques -o que na época
era permitido por lei.
Essas borras, entretanto,
penetraram no solo e se espalharam pela área, contaminando a terra e os lençóis
freáticos com metais pesados e derivados de petróleo,
como o benzeno. Além disso, a Shell Química, anexa à
base de combustíveis, é acusada de ter poluído o solo
com restos de pesticidas.
A multinacional afirma
que a contaminação está restrita à área da empresa. Entretanto Cetesb e Vigilância
Sanitária não têm certeza se
substâncias tóxicas saíram
da propriedade e contaminaram a vizinhança.
Um levantamento está
sendo feito para saber se aumentaram casos de câncer e
outras doenças no bairro.
Segundo moradores, nos últimos anos, o índice de mortes está acima do normal.
Por conta da contaminação, a Shell e a Cetesb são rés
em uma ação civil pública
instaurada neste ano.
A Cetesb é ré porque teria
demorado para cobrar ações
da Shell, já que sabia desde
1993 da contaminação. A
Shell se defende dizendo que
incinerou 1.300 toneladas de
material contaminado e retirou tanques antigos.
(RE)
Texto Anterior: Ambiente: Vila Carioca teme virar "área fantasma" Próximo Texto: Parque dentro da unidade atraía crianças da vizinhança Índice
|