São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Contaminação começou há cerca de 30 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma área equivalente a pelo menos 25 campos de futebol na Vila Carioca foi contaminada por borras tóxicas enterradas na década de 70 pela Shell. As borras são o resultado da lavagem dos tanques de combustíveis. Após a lavagem, a sujeira era enterrada ao lado dos tanques -o que na época era permitido por lei.
Essas borras, entretanto, penetraram no solo e se espalharam pela área, contaminando a terra e os lençóis freáticos com metais pesados e derivados de petróleo, como o benzeno. Além disso, a Shell Química, anexa à base de combustíveis, é acusada de ter poluído o solo com restos de pesticidas.
A multinacional afirma que a contaminação está restrita à área da empresa. Entretanto Cetesb e Vigilância Sanitária não têm certeza se substâncias tóxicas saíram da propriedade e contaminaram a vizinhança.
Um levantamento está sendo feito para saber se aumentaram casos de câncer e outras doenças no bairro. Segundo moradores, nos últimos anos, o índice de mortes está acima do normal.
Por conta da contaminação, a Shell e a Cetesb são rés em uma ação civil pública instaurada neste ano.
A Cetesb é ré porque teria demorado para cobrar ações da Shell, já que sabia desde 1993 da contaminação. A Shell se defende dizendo que incinerou 1.300 toneladas de material contaminado e retirou tanques antigos. (RE)



Texto Anterior: Ambiente: Vila Carioca teme virar "área fantasma"
Próximo Texto: Parque dentro da unidade atraía crianças da vizinhança
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.