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POLÍCIA
Delegado é acusado de sumir com mais 327 kg de cocaína
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado Robert Leon
Carrel foi denunciado pela
segunda vez à Justiça sob a
acusação de sumir com mais
327,5 kg de cocaína. Na sexta-feira, ele já havia sido preso, acusado pelo sumiço de
200 kg da droga no Denarc
(departamento de narcóticos) da Polícia Civil de SP.
Os dois casos foram em
2003 e, segundo o Ministério
Público, ocorreram em operações nas quais o delegado
agiu disfarçado de chefe de
traficantes internacionais.
Foi em abril daquele ano,
segundo denúncia à 31ª Vara
Criminal, que Carrel sumiu
com os 327,5 kg de cocaína.
A cocaína era escura e estava prensada e acondicionada em plásticos também escuros, nos quais uma estrela
indicava o cartel de traficantes que a produzira.
Esses detalhes chamaram
a atenção da Promotoria, que
acusa Carrel de ter armado
uma ação para que essa cocaína pura fosse trocada por
outra, com pureza muito inferior e valor menor.
Nove meses depois, já em
setembro de 2003, Carrel se
passou por traficante judeu,
com direito a quipá e helicóptero, para tentar dar mais
realismo ao disfarce e
apreendeu mais 300 kg de
cocaína pura. Segundo a primeira denúncia da Promotoria contra ele, porém, só 98
kg foram apresentados.
A Folha tentou falar com
representantes de Carrel,
mas não localizou ninguém.
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