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Pesquisa traça perfil em Minas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ
Pesquisa feita pela Unimontes
(Universidade Estadual de Montes Claros) conseguiu quantificar
o número de adolescentes em situação de exploração social em 96
municípios do norte de Minas e
do Vale do Jequitinhonha.
O trabalho, coordenado pelo
professor Nebson Escolástico da
Paixão, identificou 4.120 adolescentes (348 homens e 3.772 mulheres) que se prostituem.
Esse grupo trabalha com garotos e garotas de programa, que
atendem chamados por telefone
ou em casa -ou seja, fora de bordéis e pontos de prostituição.
A pesquisa também fez entrevistas com 235 adolescentes que
confirmaram estar na prostituição diariamente, a maioria delas
em postos de combustíveis e bares localizados no trecho mineiro
da BR-218, a rodovia Rio-Bahia.
Também foram ouvidas 1.619
prostitutas que disseram ter começado a "trabalhar com o corpo" entre 10 e 18 anos.
Os depoimentos, segundo Paixão, são de uma naturalidade perturbadora. Uma menina contou
que faz sexo oral ""em promoção"
por R$ 1,99 como se estivesse
brincando.
"Chegamos à conclusão de que
os fatores culturais e os socioeconômicos da região determinam o
destino desses jovens", afirmou.
A pesquisa identificou ainda
255 locais de prostituição infanto-juvenil nos 96 municípios. São
postos de combustíveis, praças,
bordéis, boates, restaurantes e hotéis. Em cada local, há uma média
de sete adolescentes sendo explorados.
(AC)
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