São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2007

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Blitz da prefeitura contra camelôs atingirá Pinheiros

Intenção é remover 3.000 ambulantes da rua Teodoro Sampaio e do largo da Batata

Secretário diz que vai "descontaminar" a praça Benedito Calixto, onde "ilegais se aproveitam da feira" aos sábados

DIEGO ZANCHETTA
DO "AGORA"

O secretário municipal das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, declarou ontem que as operações para a retirada de camelôs serão estendidas para duas vias importantes de Pinheiros (zona oeste): a rua Teodoro Sampaio e a avenida Faria Lima, no largo da Batata.
O anúncio foi feito em meio a confrontos quase diários entre fiscais e ambulantes na região do Brás, no centro de São Paulo.
A intervenção em Pinheiros, onde trabalham 511 ambulantes que possuem TPU (Termo de Permissão de Uso) e cerca de 3.000 clandestinos, segundo dados da prefeitura, começa "no máximo" em 15 dias, informou Matarazzo.
"Não trabalharão mais camelôs ilegais na Teodoro Sampaio. Chega. O problema precisa ser encarado", acrescentou.
"Vamos descontaminar a praça Benedito Calixto, onde trabalham feirantes legalizados", disse. Segundo ele, aos sábados, os camelôs ilegais se aproveitam da feira para vender na região. "A intervenção [em Pinheiros] vai ocorrer como foi no largo 13 [em Santo Amaro], sem incidentes."
Nos últimos 40 dias, a fiscalização da prefeitura diz ter removido cerca de 1.200 camelôs ilegais do entorno do largo da Concórdia. As constantes ameaças de proprietários de barracas removidas levaram parte dos 20 fiscais da Subprefeitura da Mooca (zona leste) a utilizar coletes à prova de balas durante as blitze no Brás. Na última quarta, um camelô foi preso com 10 quilos de explosivos. Eles seriam usados contra fiscais, segundo a PM.
Ontem, a reportagem procurou Afonso José da Silva, 37, presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes, mas não conseguiu localizá-lo. Na última quarta, Silva havia dito que "nunca existiu ameaça de camelôs contra fiscais da Mooca" e defendeu a volta dos ambulantes ao largo da Concórdia.


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