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Blitz da prefeitura contra camelôs atingirá Pinheiros
Intenção é remover 3.000 ambulantes da rua Teodoro Sampaio e do largo da Batata
Secretário diz que vai "descontaminar" a praça Benedito Calixto, onde "ilegais se aproveitam da feira" aos sábados
DIEGO ZANCHETTA
DO "AGORA"
O secretário municipal das
Subprefeituras, Andrea Matarazzo, declarou ontem que as
operações para a retirada de camelôs serão estendidas para
duas vias importantes de Pinheiros (zona oeste): a rua Teodoro Sampaio e a avenida Faria
Lima, no largo da Batata.
O anúncio foi feito em meio a
confrontos quase diários entre
fiscais e ambulantes na região
do Brás, no centro de São Paulo.
A intervenção em Pinheiros,
onde trabalham 511 ambulantes que possuem TPU (Termo
de Permissão de Uso) e cerca de
3.000 clandestinos, segundo
dados da prefeitura, começa
"no máximo" em 15 dias, informou Matarazzo.
"Não trabalharão mais camelôs ilegais na Teodoro Sampaio.
Chega. O problema precisa ser
encarado", acrescentou.
"Vamos descontaminar a
praça Benedito Calixto, onde
trabalham feirantes legalizados", disse. Segundo ele, aos sábados, os camelôs ilegais se
aproveitam da feira para vender na região. "A intervenção
[em Pinheiros] vai ocorrer como foi no largo 13 [em Santo
Amaro], sem incidentes."
Nos últimos 40 dias, a fiscalização da prefeitura diz ter removido cerca de 1.200 camelôs
ilegais do entorno do largo da
Concórdia. As constantes
ameaças de proprietários de
barracas removidas levaram
parte dos 20 fiscais da Subprefeitura da Mooca (zona leste) a
utilizar coletes à prova de balas
durante as blitze no Brás. Na
última quarta, um camelô foi
preso com 10 quilos de explosivos. Eles seriam usados contra
fiscais, segundo a PM.
Ontem, a reportagem procurou Afonso José da Silva, 37,
presidente do Sindicato dos
Camelôs Independentes, mas
não conseguiu localizá-lo. Na
última quarta, Silva havia dito
que "nunca existiu ameaça de
camelôs contra fiscais da Mooca" e defendeu a volta dos ambulantes ao largo da Concórdia.
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