São Paulo, segunda, 10 de agosto de 1998

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Identificação dependerá
de famílias de desaparecidas

da Reportagem Local

Se Francisco de Assis Pereira não for capaz de identificar as vítimas ainda não reconhecidas, a polícia vai depender, para dar nome aos corpos, da comparação dos detalhes dos cadáveres com dados apresentados por familiares de jovens desaparecidas.
Um desses casos é o do vendedor Nelson Carsoni, 54. Ele acredita que sua filha, Rosana Celia Carsoni, 23, esteja entre as vítimas de Francisco de Assis Pereira ainda não identificadas.
Morador das vizinhanças do parque do Estado, onde ocorreram os crimes, Carsoni reclama do fato de a polícia ainda não ter mostrado a foto de sua filha ao motoboy.
A jovem desapareceu no dia 16 de junho. Na opinião de Carsoni, qualquer pessoa conseguiria lembrar-se do que fez nessa data, porque foi o dia do jogo entre Brasil e Marrocos pela Copa do Mundo.
"Mas eu não recebi nenhuma comunicação da polícia, nada. Eu entendo que eles devam estar com muito trabalho, mas como é que fica o nosso sofrimento, que estamos há quase dois meses procurando nossa filha?", pergunta Carsoni. (RV)



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