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Bancos querem
explicação de desvio
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha,
em Porto Alegre
Os bancos cujos clientes foram
prejudicados devido às transferências indevidas de dinheiro para outras contas pela Internet estão procurando a polícia catarinense para pedir esclarecimentos
sobre as operações.
Os desvios, que tinham origem
em Santa Catarina e que atingiram um prejuízo total de R$ 5 milhões, foram praticados, segundo
a polícia, em agências de 14 bancos e, pelo menos, oito Estados.
Alguns dos bancos se mostraram surpresos ao saber que seus
nomes estavam entre os vitimados pelos hackers, alegando não
haver constatado desfalques.
A polícia disse, porém, que
muitos clientes ligaram para o
número 147 (o disque-denúncia
da polícia catarinense) relatando
movimentações em suas contas
sem procurar os bancos antes.
Outros bancos procuram colaborar com as investigações de
forma sigilosa. Entre as suspeitas
levantadas por eles está a de que
são feitas cópias de cartões.
A Agência Folha localizou duas
vítimas da "quadrilha virtual", o
advogado Hermes Soethe, 32, e o
aposentado Orivaldo Campestrini, 52, que disseram ter sido ressarcidos pelo banco onde mantêm suas contas (é o mesmo).
"Os bancos não têm culpa. Pelo
contrário, fazem o possível para
ajudar. No meu caso, o gerente
viu que havia operações que eu
não costumo fazer e me procurou. Haviam sido desviados R$
7.500 que foram cobertos", afirmou Campestrini.
"Há um mês, verifiquei um saque de R$ 2.000 na minha conta.
Fui atrás e soube que havia ocorrido um desvio. O ressarcimento
foi rápido", disse Soethe.
O juiz George Schaefer Martins,
da 2ª Vara Criminal de Blumenau, dará vistas do inquérito hoje
ao Ministério Público para depois
acatar ou não a denúncia (ação) e,
então, determinar a possível prisão preventiva dos indiciados.
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