São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2004

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Família deixa bacia com água e chuveiro ligado

DA REPORTAGEM LOCAL

Bacias com água no meio do quarto, muito hidratante, soro fisiológico e até mesmo um chuveiro ligado durante toda a noite para espalhar o vapor. Apesar de todos esses cuidados, a família da jornalista Viviane Deeke, 29, tem sentido na pele os efeitos da massa de ar seco que atingiu São Paulo.
Seus filhos -Lucas, 5, e Beatriz, 4- estão com os olhos vermelhos e a garganta irritada. Viviane e o marido, com rachaduras no nariz. "É horrível, eu nunca tinha sentido isso antes. Dá vontade de lavar o rosto o tempo todo. A gente passa hidratante e nem assim a sensação de secura passa", diz ela, que mora no Tatuapé (zona leste). "É um lugar arborizado, que não tem tanta poluição. Não pensei que também fôssemos sentir isso."
Para enfrentar o problema, ela pediu à mãe um vaporizador emprestado. Mas foi a vez do filho de seu irmão começar a passar mal durante à noite, devido ao clima, e o vaporizador teve de mudar de endereço. Depois a dona do aparelho também começou a ter problemas devido à baixa umidade do ar e entrou no rodízio.
"Agora ele fica cada dia na cada de um de nós", afirma a comerciante Sílvia Martins Deeke, 32, cunhada de Viviane. Nos dias em que fica sem o aparelho, uma toalha molhada é estendida ao lado da cama. Mesmo assim, tanto ela como o filho caçula, Guilherme, 2, começaram a acordar com falta de ar, de madrugada. "A garganta fica ardendo, o nariz. Nunca tivemos asma ou algo assim, é a falta de umidade mesmo", diz.
"Se o clima não mudar, teremos de comprar mais vaporizadores", afirma Viviane.


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