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Ex-modelo acusa Rafael de usar arma
da Reportagem Local
O cantor Rafael Ilha Alves Pereira, 25, ex-integrante do grupo musical Polegar, teria apontado uma
arma para a cabeça do PM Carlos
Augusto Calazans Pedreira durante o assalto ocorrido no dia 3 de
setembro deste ano.
A informação foi dada ontem,
durante depoimento à Justiça, por
Eliane Regina dos Santos, uma
ex-modelo que reconheceu o músico como sendo o "Alemão",
seu cúmplice no assalto.
Segundo Eliane, conhecida como "Vera Verão", Rafael teria
engatilhado o revólver após encostá-lo na cabeça do PM -que
teve R$ 6.000 roubados ao sair de
uma agência bancária.
Ontem à tarde, na 26ª Vara Criminal de São Paulo, Vera Verão
reconheceu Rafael pela segunda
vez como sendo o Alemão. Ela já o
havia indicado como cúmplice no
reconhecimento na polícia.
Rafael também prestou depoimento ontem e voltou a negar que
conheça Eliane e que tenha assaltado o PM. Disse que havia outras
duas pessoas chamadas de "Alemão" no ponto de drogas que frequentava, na avenida Água Espraiada (zona sudoeste de SP).
Eliane também frequentava o
ponto.
O ex-Polegar disse, em seu depoimento, que é usuário de drogas
desde os 15 anos. Começou fumando maconha, passou para a
cocaína e, depois de provar drogas
injetáveis, se iniciou no crack.
E foi justamente na fissura para
comprar a droga que ele foi preso.
No dia 14 de setembro, Rafael
tentou roubar um vale-transporte
e R$ 1 da balconista Tatiane Oliveira Pereira, sendo preso em flagrante.
O caso do ex-Polegar foi intensamente explorado pela mídia. Depois de ter seu rosto exibido na televisão, foi reconhecido pelo PM.
Rafael disse à Justiça que no dia
do assalto ao PM ele estava assistindo uma palestra do deputado
Édson Ferrarini sobre drogas com
sua avó. Também afirmou não saber o motivo pelo qual Vera Verão
estaria tentando incriminá-lo.
"Vamos tentar revogar a prisão
preventiva de Rafael para que ele
faça um tratamento contra o vício", disse o advogado do músico,
Contran Guanaes Simões.
Rafael, muito abatido, vestia
uma camisa branca e um colete
preto na tarde de ontem. Ele ainda
sente náuseas e dores pelo corpo.
Preso em uma cela no 96º DP
(Brooklin), Rafael está tomando
anticonvulsivos e calmantes há
mais de duas semanas.
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