São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 2002

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Prefeito chegou a pedir desligamento de Angra 1 e Angra 2, mas depois recuou; Eletronuclear diz que não há riscos para a população

Usinas ficam em estado de observação

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

As chuvas em Angra dos Reis provocaram a decretação de "estado de observação" nas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2. O prefeito Fernando Jordão (PSB) chegou a pedir o desligamento das usinas por considerar que haveria dificuldades para a execução do plano de fuga da região em caso de acidente nuclear. Mais tarde, voltou atrás.
A Eletronuclear, estatal que opera as usinas, considerou desnecessário parar, com o aval da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), órgão que fiscaliza o setor.
"Em uma situação como essa, a prudência indicaria parar", disse Maurício Tomasquim, professor de Planejamento Energético da Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia) da UFRJ, citando problemas de tráfego na BR-101 que atrapalhariam uma eventual evacuação da população.
Tecnicamente, segundo nota da Eletronuclear, foi decretada uma situação de ENU (evento não-usual) causada por fato externo, sem risco direto para o funcionamento das usinas. Segundo técnicos da CNEN, trata-se de evento de baixo risco, que exige observação e avaliação de eventuais novas medidas de segurança.


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