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Prefeito chegou a pedir desligamento de Angra 1 e Angra 2, mas depois recuou; Eletronuclear diz que não há riscos para a população
Usinas ficam em estado de observação
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
As chuvas em Angra dos Reis
provocaram a decretação de "estado de observação" nas usinas
nucleares Angra 1 e Angra 2. O
prefeito Fernando Jordão (PSB)
chegou a pedir o desligamento
das usinas por considerar que haveria dificuldades para a execução
do plano de fuga da região em caso de acidente nuclear. Mais tarde, voltou atrás.
A Eletronuclear, estatal que
opera as usinas, considerou desnecessário parar, com o aval da
CNEN (Comissão Nacional de
Energia Nuclear), órgão que fiscaliza o setor.
"Em uma situação como essa, a
prudência indicaria parar", disse
Maurício Tomasquim, professor
de Planejamento Energético da
Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia) da UFRJ, citando problemas de tráfego na BR-101 que
atrapalhariam uma eventual evacuação da população.
Tecnicamente, segundo nota da
Eletronuclear, foi decretada uma
situação de ENU (evento não-usual) causada por fato externo,
sem risco direto para o funcionamento das usinas. Segundo técnicos da CNEN, trata-se de evento
de baixo risco, que exige observação e avaliação de eventuais novas
medidas de segurança.
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