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Contato físico é importante, diz pesquisadora
da Reportagem Local
A satisfação sexual partilhada
entre mãe e filho -que dividem
prazeres em práticas como o amamentar e dar banho- poderia explicar o baixíssimo número de casos de abusos envolvendo mulheres. "A troca de prazeres entre
mãe e bebê é extremamente saudável", diz a pesquisadora Heleieth
Saffioti. "Acredito que essas práticas respondam parcialmente pelo
baixo grau de agressão sexual por
parte da mãe."
Da mesma forma, o fato de não
"paternar" o filho pode ser um
dos fatores que leva o pai a cometer abusos sexuais contra ele. O desejo sexual entre pai e filho existiria na mesma intensidade que entre mãe e criança. "Esse desejo escondido e não realizado pode um
dia aflorar com violência sexual."
Dentro desse princípio, uma
proximidade física maior entre pai
e filho poderia contribuir para
uma vida afetiva e sexual mais saudável e prazerosa. De acordo com
estudos, 10% das crianças vítimas
de abuso são meninos.
Dentro dos padrões vigentes, a
proximidade física entre pai e filho
é sempre vista com reservas. Não é
o que acontece com a mulher. "O
fato de mãe e filho, menino ou menina, tomarem banhos ou dormirem juntos é aceito com naturalidade pela sociedade", diz a psicóloga Maria Aparecida Barbosa, do
Instituto Kaplan. "Onde há dois
corpos, há sempre erotização."
Uma erotização que não é bem vista quando se trata de pai e filha,
por exemplo.
(AB)
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