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SAÚDE
EUA aprovam pílula antiqueda de cabelo
CLÁUDIA PIRES
de Nova York
A partir desta semana os homens
terão uma nova alternativa para
combater a queda dos cabelos: a
pílula da calvície.
No final do ano passado, o FDA
(Food and Drug Administration,
agência americana que fiscaliza
produção de alimentos e remédios
nos EUA) aprovou um novo medicamento que promete colocar um
ponto final na queda de cabelos
masculina. O comprimido começa
a ser vendido amanhã nos EUA.
O Propecia impede a queda do
cabelo e favorece a retomada de
seu crescimento, segundo disse à
Folha o médico David Whiting,
diretor do Baylor Hair Reserch
and Treatment Center, em Dallas
(Texas). Whiting participou das
pesquisas e do desenvolvimento
do novo remédio.
Segundo ele, esse é o primeiro
produto aprovado para combater
a calvície que deve ser ingerido.
Outro medicamento já aprovado é
o minoxidil, mas que é utilizado
apenas em forma de loção.
Antes de ser aprovada, a pílula da
calvície foi testada durante um ano
em 1.879 homens com idade entre
18 e 41 anos. De acordo com Whiting, o resultado final do estudo foi
mais que animador: 83% dos pacientes apresentaram interrupção
da queda dos cabelos, e 66%, retomada do crescimento.
"Essa é a principal diferença
desse medicamento em relação a
outros. O crescimento volta a ser
estimulado, apresentando ótimos
resultados", afirma Whiting.
A pílula da calvície não tem ação
imediata. O prazo médio para um
tratamento eficiente é de seis meses a um ano.
Atuação
O médico Keith Kaufman, diretor do Centro de Pesquisas da empresa Merck & Co. (que está produzindo a pílula), diz que a calvície
é causada por um envelhecimento
precoce do couro cabeludo. O hormônio responsável por esse envelhecimento precoce é o DHT.
"A função da finasterida (substância que compõe o medicamento) é inibir a produção acentuada
desse hormônio e estimular o crescimento dos cabelos".
Kaufman afirma ainda que essa
substância é a mesma utilizada nos
tratamentos da próstata, mas com
uma dose cinco vezes menor.
A pílula da calvície só deve trazer
benefícios aos que ainda estão sofrendo perda de cabelos. Depois de
completo o processo de queda, só
um implante pode ajudar.
O medicamento também não
pode ser utilizado por mulheres ou
crianças. Ainda que não foram feitos testes em mulheres. O Propecia
só poderá ser vendido para pacientes que possuírem receita médica,
que deverá ser emitida nos EUA.
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