São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2002

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Sequestros crescem em Campinas

FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Campinas vive a maior onda de violência de sua história. Os números de sequestros e homicídios nunca estiveram tão altos. No ano passado, quando o governo paulista criou a Deas (Delegacia Especializada Anti-Sequestro) em Campinas, o número de casos de sequestro cresceu 95% na região.
Segundo a Deas, 39 sequestros foram registrados na região em 2001, contra 20 no ano anterior. Em dez dias deste ano, dois sequestros já foram finalizados e pelo menos outros dois ainda estão em andamento no município.
Os registros de sequestros na região de Campinas começaram a aparecer no final de 1999, com as ações dos integrantes da família Oliveira, a mesma que fez em 1998 o sequestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores da dupla Zezé di Camargo e Luciano.
Um dos líderes do grupo, Ronaldo Oliveira, foi morto pela polícia em julho de 2000 em uma chácara em Socorro (134 km de São Paulo), onde estavam seis vítimas de sequestro. O tio dele, Ademir Oliveira, foi preso pela polícia em janeiro de 2001 e morreu dentro da penitenciária de Ribeirão Preto, um mês depois.
Com o fim das ações da família Oliveira, a principal quadrilha da região de Campinas passou a ser a liderada pelo criminoso campineiro Wanderson Newton de Paula Lima, o Andinho, 23.

Assassinatos
Paralelamente ao aumento do número de sequestros na região, o município de Campinas também registrou o ano mais violento de sua história em 2001.
Segundo a Polícia Civil, a cidade ultrapassou o número de 600 homicídios no último ano. Em 2000, foram 536 as pessoas mortas na cidade e, em 1999, 494 pessoas.
O crime que mais chocou a cidade em 2001 foi o assassinato do prefeito Antonio da Costa Santos, o Toninho (PT), morto com um tiro quando saía do shopping Iguatemi, no dia 10 de setembro. O crime ainda não foi solucionado pela polícia.
Nos primeiros dias deste ano, a cidade já registrou pelo menos 13 mortes violentas.


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