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Sequestros crescem em Campinas
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Campinas vive a maior onda de
violência de sua história. Os números de sequestros e homicídios
nunca estiveram tão altos. No ano
passado, quando o governo paulista criou a Deas (Delegacia Especializada Anti-Sequestro) em
Campinas, o número de casos de
sequestro cresceu 95% na região.
Segundo a Deas, 39 sequestros
foram registrados na região em
2001, contra 20 no ano anterior.
Em dez dias deste ano, dois sequestros já foram finalizados e pelo menos outros dois ainda estão
em andamento no município.
Os registros de sequestros na região de Campinas começaram a
aparecer no final de 1999, com as
ações dos integrantes da família
Oliveira, a mesma que fez em 1998
o sequestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores da dupla Zezé di Camargo e Luciano.
Um dos líderes do grupo, Ronaldo Oliveira, foi morto pela polícia em julho de 2000 em uma
chácara em Socorro (134 km de
São Paulo), onde estavam seis vítimas de sequestro. O tio dele,
Ademir Oliveira, foi preso pela
polícia em janeiro de 2001 e morreu dentro da penitenciária de Ribeirão Preto, um mês depois.
Com o fim das ações da família
Oliveira, a principal quadrilha da
região de Campinas passou a ser a
liderada pelo criminoso campineiro Wanderson Newton de
Paula Lima, o Andinho, 23.
Assassinatos
Paralelamente ao aumento do
número de sequestros na região, o
município de Campinas também
registrou o ano mais violento de
sua história em 2001.
Segundo a Polícia Civil, a cidade
ultrapassou o número de 600 homicídios no último ano. Em 2000,
foram 536 as pessoas mortas na
cidade e, em 1999, 494 pessoas.
O crime que mais chocou a cidade em 2001 foi o assassinato do
prefeito Antonio da Costa Santos,
o Toninho (PT), morto com um
tiro quando saía do shopping
Iguatemi, no dia 10 de setembro.
O crime ainda não foi solucionado pela polícia.
Nos primeiros dias deste ano, a
cidade já registrou pelo menos 13
mortes violentas.
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